quinta-feira, 9 de outubro de 2014

DESTRUA SEU DIÁRIO - A ideia é liberar geral!


Capa e algumas propostas do DESTRUA SEU DIÁRIO! 

Na semana passada, quando a Gi, nossa querida vizinha, esteve aqui em casa e soube que o Matheus estava empolgado lendo o Diário de um Banana, ela ficou encantada. Gi adora ler e ficou feliz em saber que o Mat estava pegando gosto pela leitura também. Conversa vai, conversa vem ela comentou com ele sobre um livro chamado Destrua seu Diário. Ele achou aquilo tudo muito engraçado e ficou empolgado com a proposta. Ontem, para nossa surpresa, Gi, que agora é uma moça de 17 anos, que já trabalha (até outro dia ela era uma menininha que vinha em casa brincar com o Matheus!) comprou o tal diário, que à princípio tem cara de livro, para dar de presente pra ele. 

Eu nunca tinha visto o tal diário. E, confesso, fiquei um tanto constrangida na hora. Tudo o que a gente escuta a vida toda é "Cuida do seu livro"; "Ele é seu melhor amigo", "Não amassa. Não faça orelhas nas páginas", "Não rabisque"... enfim, tudo isso você precisa literalmente esquecer, deixar de lado e se entregar sem nenhum pudor para cumprir os objetivos do tal diário. 

À principio, me deu pavor e pensei: "Meu Deus! O Rafa vai querer sair destruindo todos os seus livrinhos de histórias". Mas não. Tanto ele quanto o Mat entenderam a proposta do tal diário, também acharam tudo aquilo uma maluquice, mas sem nenhum constrangimento começaram a "destruir" o tal diário. Tudo com muita gargalhada e olhares arregalados uns para os outros a cada nova missão.

Fui pesquisar que "coisa" era essa. E meu pensamento ainda era "Meu Deus! Isso não pode ser educativo!". Mas, vamos lá... O tal livro (que não é livro!) é de uma ilustradora e artista canadense chamada Keri Smith. Ela "inventou" um tipo diferente de diário, que exige do leitor uma interação mais lúdica e inusitada. A proposta é estimular a criatividade e questionar convenções sobre a forma como lidamos com os objetos. O Destrua este diário nos convida a rasgar páginas, rabiscar, pintar fora das linhas, manchar e até mesmo levar o livro para o banho (Matheus ficou embasbacado quando leu isso!). Segundo informações, a ideia surgiu quando Smith começou a refletir sobre o início de sua carreira como artista e percebeu que o perfeccionismo tao exaltado na nossa cultura era um grande empecilho do processo criativo. A experiência fez com que ela entendesse que é preciso esculhambar a monotonia e o lugar-comum para que o novo possa surgir. 

Resumindo: a regra no tal diário é liberar geral! 

Confesso, não tenho uma opinião formada sobre isso. Confesso mais, me assustou a cena em que Matheus subiu numa cadeira e atirou o diário no chão (a missão era essa, jogar o diário de um lugar alto). Confesso também, os meus dois filhos estão se divertindo muito com as maluquices do diário. Mas, confesso mais ainda: eles tem perfeita consciência de que o único livro que vão estragar é o tal diário... que está com os dias contados, afinal, não sobreviverá depois do seu primeiro banho. E, finalmente, confesso: a molecada está liberando toda e qualquer energia que estava acumulada. E tudo regado a muita gargalhada... 



3 comentários:

  1. Isso mostra que quebrar algumas regras em alguns momentos , sem censura pode despertar a criatividade e a liberdade . Vc sabe como adoro livros e ler , portanto preste atenção nos outros livros !!!!!!!! Muito bom ! Vou comprar esse livro para minhas crianças ( clientes ) .

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  2. Drii, ganhei esse livro tambem e ate agora não tive coragem de fazer nada kkkkk é como se ele fosse contra a todos os princípios, porem uma vez eu tava lendo sobre ele e vi que ele pode ser visto tambem como um livro que te ajuda a desapegar das coisas o que muitas vezes pode ser beeeeem dificil rs', depois posta fotos de como ficou o diario do Mat kkkk, Bjs

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  3. Quando eu vi esse diário na livraria também achei estranho, mas talvez porque nós fomos acostumados de outra maneira e para as crianças de hoje, que já olham o mundo de outra maneira é bem mais divertido. Concordo numa coisa é um tremendo exercício de desapego, desde que entendam que é nesse livro.

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