sexta-feira, 31 de outubro de 2014

COMPORTAMENTO - "Mãe, você tinha razão"

Sabe aquela história do retorno que os filhos nos dão? Quem é mãe talvez já tenha passado por isso. As vezes rola algumas dúvidas: será que estou agindo corretamente? Será que ele está entendendo realmente os valores, os ensinamentos que estou querendo passar? Será que meu filho é educado, gentil, responsável longe de mim? 

Mat e o terceiro livro da série
Pois é. Hoje tive um desses retornos do Matheus. Há pouco mais de um mês ele se descobriu um grande leitor e está completamente apaixonado pela série Diário de um Banana. Foi amor à primeira vista. Cheguei a comentar na página do blog no face, que fiquei impressionada com o "poder" desse livro com a molecada, sobretudo com os meninos, que é seu público alvo. E percebi que não é uma exclusividade do meu filho não. Muitas mães de meninos comentaram comigo que seus filhos devoraram os livros da série e ficaram encantados também. Matheus mesmo foi "apresentado" ao livro por um amigo de escola, que estava super empolgado e emprestou o primeiro volume pra ele. Aqui, pelo menos, podemos dizer que as histórias de Greg Heffley, o personagem principal, criado por Jeff Kinney, foi o tal "bichinho" da leitura que faltava pro Mat descobrir o prazer pela leitura. Até então ele gostava de livros menores, mas sobretudo quando eu ou o pai dele líamos para ele. O Diário de um Banana marca, aqui em casa, uma fase em que o Mat realmente se descobriu um leitor de fato. 

Mas, voltando ao tal "retorno"... Hoje pela manhã, depois de terminar o terceiro livro da série, Matheus se aproximou de mim, com um sorriso largo no rosto e transbordando felicidade e começou a falar: 

"Mãe, terminei o terceiro livro! Estou super feliz. E olha só o que eu percebi. O primeiro livro eu li em 18 dias (sim, ele anota quando começou e quando terminou cada livro! rs). O segundo, em 11 dias. E este em 6 dias. Sabe o que isso significa? Que você tinha razão quando falava que era importante eu ler para escrever melhor e interpretar melhor os textos. Estou conseguindo ler e entender o que leio rapidinho, mãe! Não preciso voltar tanto como antes. Viu mãe, você tinha razão, você tinha razão!"


Que maravilha, filho! Que maravilha! Tô gostando desse "Banana"...


Os livros do coração ganharam um
cantinho especial no quarto do Mat!
 


Para quem quiser saber mais sobre a série Diário de um Banana, segue o link do site. Basta clicar aqui: Diário de um Banana










quarta-feira, 29 de outubro de 2014

COMPORTAMENTO - Mãe é um bicho estranho!

Por que um dia eles foram desse tamanho!
Rafa, 1 ano. Mat, 4 anos. 

Porque mãe é um bicho estranho e o mais controverso do planeta! 

Porque a gente tem sede de liberdade. Sonha com a "folga". Suplica por um momento de silêncio e paz. Sente, muitas vezes, saudades dos "tempos" em que era apenas você. Mas quando tem nas mãos o tal tempo, sente saudades do filho e, pior, até do "barulhinho" deles pela casa. 

Porque a gente quer que o filho cresça e se torne independente. Mas quando olha fotos dele pequeno dá uma saudade danada. 

Porque a gente é mãe e só outra mãe pra entender o que se passa na cabeça de cada uma! 

Boa tarde! 



terça-feira, 28 de outubro de 2014

COMPORTAMENTO - Seu filho já te surpreendeu?

Mat e Rafa - Porque filhos surpreendem! 


Quem me conhece sabe que sou uma mãe presente, participativa e que faço isso realmente com prazer e não por obrigação. Curto observar minhas crias, reconhecê-los em cada gesto, compreender cada costume, cada mania e, por que não, cada defeito também. É meio que um vício meu observar e reconhecer cada "pedacinho" dos meus meninos. Seja fisicamente. Seja emocionalmente. 

O fato é que, por conta dessa minha "mania", poucas vezes fui surpreendida pelo comportamento do Matheus. Eu reconhecia (e reconheço) seus gestos, seus gostos, seus costumes. Sempre brinquei que nós nos falávamos muitas vezes pelo olhar. Bastava um olhar do meu grandão pra eu entender o que ele queria ou o que estava o afligindo. Claro, que algumas vezes, ele me surpreendeu. Mas, sempre de leve... seja por que me deu um beijo repentino ou quando fez uma "arte" porque foi no embalo de um colega. Mas, em sua essência, eu conhecia e reconhecia meu filho. 

Pois bem. Nesse clima e nessa energia resolvemos que era hora de termos o segundo filho. E, claro, que eu pensei que seria da mesma maneira com o Rafa, afinal, a mãe era a mesma. Pra mim era claro que ele teria outros costumes, outras manias (ou não!), mas o fato é que pra mim eu saberia identificá-los e reconhecer quem era afinal meu segundo filho, respeitando suas características, sua essência. 

Rafa sempre foi muito diferente do Matheus. Foi um bebê mais agitado, mais bagunceiro. Foi também um bebê muito chorão. Rafa chorava por tudo ou quase tudo. Chorava se tinha fome. Chorava se tinha dor. Chorava se queria algo. Chorava se não queria mais alguma coisa. Chorava e ficava nervoso, irritado com muita frequência. Não preciso nem falar que o primeiro ano de vida dele foi uma revolução pra família toda. Nervos à flor da pele, paciência no limite, vontade de sair correndo, muitas vezes. Mas correr pra onde? Se o amor era imenso e já não conseguíamos mais viver longe daquele taurino chorão? Brincadeiras à parte, aos poucos fui moldando "quem era o Rafa" na minha opinião, no meu conceito. Quem era o Rafa pra mim e, com orientação daqui, conselhos dali, fui aprendendo a lidar com esse novo integrante da família sem dar rótulos (tenho pavor de rótulos!), respeitando esse novo serzinho. 

No ano passado, quando Rafa ainda não estava no colégio e eu já sabia quem seria a sua professora em 2014 (ela foi também professora do Matheus, anos atrás) eu costumava brincar com ela na calçada. Dizia que ela teria um aluno mais danado, mais traquina. Em casa, quando tentávamos ensinar algo novo pro Rafa, seja a primeira letra do seu nome ou a forma correta de pegar o lápis, ele se recusava. Todo cheio de si dizia que tinha o seu jeito, e que não queria seguir nossa orientação. Rafa sempre foi muito teimoso. E para lidar com ele, muitas vezes, era preciso muitas manobras, muito jeitinho da nossa parte. Por conta disso sempre achei que o moleque ia dar muito trabalho na escola, que desobedeceria a professora, que fosse teimoso e se recusasse a fazer uma ou outra atividade. 

Mas, como o mundo é redondo e a maternidade não é uma receita de bolo esse ano tem sido um ano de muitas descobertas pra mim. Descobri que eu não conhecia o Rafa. Eu conhecia sim, o Rafa filho, o Rafa irmão, o Rafa neto. Agora, o Rafa aluno, o Rafa paciente, o Rafa amigo, esse eu definitivamente não conhecia. E não fazia ideia de que ele pudesse ser tão diferente em cada papel que assume na sociedade. Ouvi mais de uma vez a professora dizer que meu menino é super atencioso, envolvido, comprometido e participativo com as tarefas da escola. Rafa é comportado, disciplinado e obediente no ambiente escolar. Não que em casa ele seja desobediente, mas Rafa é questionador, não é o tipo de criança que "segue a cartilha", que aceita fácil, que faz pra agradar. Se eu mando ele guardar um brinquedo, ele não faz isso de pronto. Ele enrola, questiona, faz que não escuta, pergunta se pode deixar pra depois, pede ajuda. Quando esgota suas tentativas, ele finalmente guarda. Na escola não, esse Rafa não existe. Lá ele dá lugar para um menino mais independente, responsável, com sede de aprender. 

Recentemente meu menino começou a fazer acompanhamento com a fonoaudióloga. E, ontem, pra minha surpresa, ela lascou um elogio : "Rafa é concentrado, tem vontade de aprender logo, é dedicado, é maduro". O elogio não saiu da minha cabeça e acabou inspirando esse texto. Logo eu, que sempre achei que o Rafa era teimoso, meio desligado, muitas vezes tirador de sarro, difícil de lidar em algumas situações e quase impossível de convencê-lo de algo quando ele não quer fazer. Eu reconheço sua maturidade em alguns comportamentos em casa também. Rafa come sozinho, pede pra usar garfo e faca, dorme sozinho, vai ao banheiro sozinho, tem sede por independência. Mas o comportamento centrado, concentrado e aplicado do Rafa pra mim é uma surpresa. Surpresa boa, claro. Mas que deu uma sensaçãozinha agora, de repente, de não conhecer exatamente quem é meu próprio filho. Quem é esse molequinho de 4 anos, que guarda tantos mistérios dentro de si? E, a certeza: filhos nos surpreendem a vida toda, afinal estamos suscetíveis a mudanças dia a dia. Tô curtindo essa fase de desvendar: quem é o Rafa! 

E, você? Já foi surpreendida pelo seu filho alguma vez? Conte pra nós. 

Quem é o Rafa, afinal? Na foto, Rafa vestido de
Pequeno Príncipe! 








quinta-feira, 23 de outubro de 2014

COMPORTAMENTO - O que você faz para economizar água?


                                                            Imagem retirada da internet
A falta de água em São Paulo tem deixado todo mundo de cabelo em pé. O medo de ficar sem esse bem tão precioso e necessário para nossa sobrevivência tem levado muitas pessoas a pensar e repensar sobre maneiras para se economizar água. Discutir o uso consciente e responsável, olhar para si próprio e se questionar "O que eu posso fazer para reduzir o meu consumo de água diário?" não é só importante, como fundamental. É uma questão de sobrevivência. 

O problema virou assunto entre as crianças. E, como criaturas especiais que são, os pequenos dão um baile em exemplo e conscientização em muitos adultos por aí. Não é de hoje que o Rafa, meu caçula, tem pânico por desperdício de água. Muito antes desse caos se instalar em São Paulo, Rafa já pedia desesperado para desligar o chuveiro enquanto o ensaboávamos, chamava a atenção quando via alguém escovar os dentes com a torneira aberta. Na natação, na hora da chuveirada antes de entrar na piscina, ele fica desesperado quando alguma criança esquece de desligar o chuveiro. Agora, eu mesma tenho ficado perto nessa hora, pois o Rafa não consegue fechar o registro e fica em pânico. 

Percebo, claro, que o assunto também tem sido discutido no colégio. Rafa mesmo chegou em casa outro dia dizendo que se não economizarmos o planeta, que já está sujo (explico: poluído) vai ficar ainda mais! Por essas e outras que acaba sendo fácil falar em racionamento com crianças. Pena que muitos adultos não tenham esse grau de clareza e conscientização ainda. Pena! 

A seguir vou listar algumas medidas que tomamos aqui em casa para tentar reduzir o consumo de água. Mas gostaria muito que vocês deixassem suas dicas também nos comentários, pois só assim, trocando experiências e aprendizados é que vamos conseguir superar essa fase de secura. Vamos lá: 


1 - Enquanto o aquecedor esquenta a água do chuveiro coloco um balde para armazenar a água fria dispensada. Essa água serve para lavar sacada, vai para a máquina de lavar, pode ser usada para passar pano na casa, para a hora da faxina e outras vezes até para lavar banheiro. 

2 - A água da máquina de lavar também está sendo armazenada. E, a do ultimo enxague, que é mais limpa, dá pra ser utilizada no primeiro processo da próxima vez que utilizar a máquina. 

3 - Xixi coletivo virou regra entre os meninos! Além da farra, poupa algumas descargas. 

4 - Na hora de lavar louça reforçamos a ideia de deixar os pratos o mais limpo possível, sem muitos restos de alimentos para usar o mínimo possível de água. 

5 - Essa dica é velha, mas não custa lembrar: na hora de ensaboar e passar shampoo nos cabelos dá perfeitamente para desligar o chuveiro e economizar alguns litros de água com essa atitude também. 

6 - O mesmo para escovar os dentes: ligar a torneira somente na hora de fazer o bochecho. Durante a escovação, torneira fechadíssima! 



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

COMPORTAMENTO - Porque menino deve ser feliz! Só isso!

Matheus fazendo pulseira de elástico! 
Porque menino também pode fazer pulseira de elástico. E usá-la depois, se quiser. Porque isso não é uma brincadeira só de meninas. 

Porque menino também pode usar uma camiseta cor de rosa, vermelha ou sei lá o que, por que simplesmente não existe "cor de menina" e "cor de menino".

Porque meninos e meninas podem brincar do que quiser juntos ou separados desde que seja uma brincadeira saudável e inofensiva. Não importa se é com boneca, com carrinhos ou com bola. 

Porque meninos podem (e devem) aprender desde cedo a demonstrar seus sentimentos e não ter vergonha de expô-los quando sentir vontade. 

Por que menino pode sim chorar e deve saber que homem "de verdade" (como se houvesse homem de mentira!) chora sim. Pobre do homem que não chora e aprisiona seus sentimentos. 

Porque menino pode ser gentil, educado, simpático, delicado e isso não é exclusividade de meninas. 

Porque menino pode sim ajudar nas tarefas de casa. E quando crescer pode sim ser um grande companheiro na hora de dividir os afazeres da casa. E, assim, poderão ensinar aos seus filhos no futuro que isso não é coisa de menina. 

Porque meninos não precisam ser grosseiros, brutamontes, agressivos. Aliás, o mundo já tem "brucutus" demais espalhados por ai. 

Porque os pais dos meninos poderiam ter menos medos com relação à sexualidade dos seus filhos e pensar mais em torná-los pessoas do bem. 

Porque meninos e meninas devem aprender desde cedo a espalhar amor, a ter respeito pelo próximo, a ser livre de pré-conceitos, a não julgar o outro pela diferença. 

Porque menino não precisa fazer somente "coisa de menino" para agradar o pai ou a mãe. Ele pode perfeitamente não gostar de jogar futebol, empinar pipa ou jogar videogame. E, nem por isso, deixa de ser menino. 

Porque menino deve ser livre e se sentir confortável para desabafar com seus pais, a trocar ideias, a pedir conselhos quando tiver vontade. 

Porque meninos e meninas, independente do sexo, devem ser felizes e espalhar felicidade, acima de qualquer coisa!   





Pulseiras prontas! 




sábado, 18 de outubro de 2014

Backyardigans - Você já reparou o gingado dos personagens?

Os personagens do desenho animado Backyardigans: fofos,
rechonchudos e com uma ginga incrível! 


Não é de hoje, que estou pra escrever sobre isso. Quem tem filho pequeno, provavelmente, já assistiu a algum episódio. Quem não assistiu, deveria ver pelo menos uma vez. Você já reparou a ginga dos personagens do desenho animado Backyardigans? É impressionante. Há muito tempo acompanhamos os episódios do desenho aqui. Matheus, até seus 4, 5 anos ainda curtia a série. Rafa curte até hoje. Então os bichinhos dançarinos estão presentes no nosso dia a dia há muito tempo. 

E sempre me chamou a atenção a forma como eles dançam, como rebolam seus corpinhos rechonchudos pra lá e pra cá. É um desenho realmente fofo, para crianças pequenas ainda com histórias e enredos bem simples e focado no público menorzinho. 

E, sempre entre uma "aventura" e outra eles tem um ou mais momentos de dança. Em cada episódio é um ritmo diferente. Mas realmente chama muito a atenção, principalmente pelo gingado com que rebolam... 

Nunca reparou? Olhe o link abaixo com a abertura do desenho. É apenas um amostra. Nos episódios há muito mais demonstrações de passinhos e dancinhas engraçadas, mas pena que não encontrei por aqui para colocar o link. 





Backyardigans

Backyardigans - clipe

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

FILHOS - A importância de ter um tempinho exclusivo com cada um!

Mat: sorvetinho pra
espantar o calor!
No dia a dia estamos sempre juntos. Seja pra ir ao mercado. Seja pra ir ao médico. Seja pra ir à escola, à terapia do Mat, à natação. O fato é que raramente tenho um momento exclusivo com um filho só. O trio está sempre grudadinho. E, de tempos em tempos, percebo que um ou outro está mais "ciumentinho" e necessitando de um carinho especial e exclusivo. Quem é mãe de dois (ou mais) talvez entenda o que estou falando. Os meus meninos são muito grudados, vivem juntos, brincam muito e se entendem muito bem. Se brigam? Claro que sim, mas bem pouco pra falar a verdade. Sabem, claro, que a mãe é uma só, mas, tem horas que dá uma vontade de uma exclusividade, né? Quem nunca? 


Matheus costuma ser o mais ciumento. Talvez por que durante alguns anos teve a mãe só pra ele (antes do irmão nascer). Ou simplesmente por que é da sua personalidade ser mais ciumento mesmo. É também o que mais demonstra e assume o ciúme: "Você está dando mais atenção pro Rafa!", ele diz. Outra vezes fala sem titubear: "Mãe, eu vi você dar um beijo no Rafa. Também quero! Estou com ciúme!"

Rafa é mais na dele. Costuma ignorar a gente quando sente ciúme. Faz cara de pouco caso, de "não estou nem aí". Mas acaba ficando mais agressivo, mais impaciente. Não assume seu ciúme declaradamente, mas demonstra nos seus atos. E, como aqui adoramos observar as reações de cada um, já percebemos que essa é a forma dele exteriorizar seu ciuminho. 

Essa semana resolvi ter um momento exclusivo com cada um. Não foi a primeira vez. Sempre que é possível promovo esses momentos de mãe e um filho só. Em geral, são momentos rápidos, quando o horário de entrada ou saída deles no colégio não batem, quando um já entrou no colégio ou quando o outro ainda não saiu. Enfim, é o tempo que é possível, mas que costuma render bons resultados. 

Na terça-feira, enquanto o Rafa estava no futebol, aproveitei a horinha que teria livre com o Matheus para levá-lo pra tomar um sorvete. Deixamos o carro no colégio e fomos a pé. A caminhada com meu grandão me fez reforçar a ideia de como ele cresceu... É um companheiro, um amigão. Falamos dos amigos, da escola, dos preparativos dele (e sua turma) para a Feira do Conhecimento do colégio. Ele se queixou do comportamento de um amigo, elogiou outro e assim, livres, descontraídos, conversamos sem ninguém nos interromper. No final, já de volta no colégio ele me deu um abraço e confessou: "Tão bom ter você só pra mim!". 

Rafa: meu "pão doce" com o
seu "pão doce"!

Ontem foi a vez do Rafa. Como o tempo estava meio esquisito, o sorvete foi substituído por uma "ida" à padaria. Rafa é comilão e, como tal, adora um pãozinho! Foi o primeiro aluno a sair da escola (assim que abriu o portão) para que nosso rápido passeio desse tempo até a hora da saída do Matheus. Ficou super feliz de ser o primeiro! Ele não sabia. Foi surpresa e ficou muito feliz. Quando perguntei o que ele ia querer da padoca, seus olhinhos brilharam e ele disse: "Vai ser o nosso momento, mãe? Oba! Vamos comer pão doce?", emendou. Ele se deliciou com seu pão doce (eu olhei, senão vou virar um balão! rs), contou sobre as lições novas que aprendeu, falou sobre os amigos. Rafa é engraçado, um companheirinho e conversar com ele rende pérolas inusitadas e divertidas. Na volta pra escola, já estava quase no horário do irmão sair. O resultado: um caçulinha super feliz e sorridente. 

E desses passeios, vem a lição: muito bom estar juntinho com todos da família, mas super importante e enriquecedor ter uma atençãozinha exclusiva com cada um, de vez em quando. 


E você? Já passou por essa experiência também? Conte pra nós. 




terça-feira, 14 de outubro de 2014

JUDÔ - Porque vale a pena seu filho subir no tatame!

Mat com sua medalha e faixa nova!
Ele ama participar desses torneios!
No último sábado, os meninos participaram do Torneio de Judô do colégio. Foi o quinto torneio do Matheus e a estréia do Rafael no evento. A emoção, para nós, foi grande. Rafa estava apreensivo, mas muito feliz por que ia poder mostrar para nós, sua plateia, tudo o que aprendeu nas aulas de judô. Matheus estava mais relaxado, afinal, é "macaco véio" nesse quesito, como diria minha vó. Mas estava igualmente feliz, já que adora participar desse tipo de apresentação. 

Durante o torneio eles puderam mostrar os golpes, que aprenderam até agora, trocaram de faixa (Rafa foi da branca para a vinho e Mat da azul escura para a azul ponta amarela!) e receberam medalha e certificado de incentivo e participação.

Toda essa movimentação aqui em casa por conta do torneio levantou uma questão. Afinal, quais os benefícios do judô para crianças? Por que é importante introduzir esse esporte especificamente nos primeiros anos de vida escolar da molecada? E fui atrás dessas respostas, que agora compartilho com vocês. A seguir algumas informações bacanas, que, para quem tem filho pequeno, vale a pena saber. E, claro, incentivá-lo a subir no tatame de corpo e alma. Certamente, ele (ou ela) aprenderão muito mais do que simples golpes nessas aulas...  

Rafa no tatame com o amigo: feliz da vida em sua primeira
participação no torneio de judô

- O judô é muito benéfico para a saúde física e mental. É um esporte que ajuda, inclusive, a formar um cidadão com valores quanto a respeito, integridade e disciplina. 

- Em geral, o esporte começa a ser desenvolvido com crianças na faixa etária entre 2 e 7 anos. Trata-se de um período de extrema importância para o desenvolvimento da criança, quando ela usa a estratégia do jogo simbólico para organizar e compreender o mundo. Ainda, tem no jogo uma alternativa para se livrar de certas angústias. 

- Durante o judô, as crianças aprendem a deixar de lado o egocentrismo, pois a atividade incita isso com os jogos. As lutas e, principalmente, as trocas de faixas, fazem com que elas se graduem e percebam que devem ser exemplo para as crianças menos graduadas. A partir daí, criam o respeito pelo outro. 

Rafa: agora ele é faixa vinho!
- Desenvolve habilidades e capacidades específicas do aluno. 

- Contribui para o controle muscular, aperfeiçoamento do reflexo, desenvolvimento do raciocínio, equilíbrio mental, reforço do caráter e da moral, fortalecimento da auto-confiança. 

- Prepara os jovens para uma convivência harmônica em seu ambiente social. 

- Estimula o interesse pela competição sadia. 

- Desenvolve o educando como um todo. 

- As competições ajudam a trabalhar a derrota e fazem com que a criança perceba que, numa luta, apesar de um vencer e outro perder, isso se refere a algo de momento. 








Fontes:
http://www.reflexojudo.com.br/
http://doutissima.com.br/



domingo, 12 de outubro de 2014

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS

Um FELIZ DIA DAS CRIANÇAS com todas as crianças da minha casa! 


Mat e Rafa - 2014

Adriana - início anos 80

Reginaldo - final dos anos 70

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

DIA DAS CRIANÇAS - O final de semana é delas!

Que a data é meramente comercial, todo mundo sabe. Mas já que ela existe é possível tirar proveito dela e também curtir muito o DIA DAS CRIANÇAS, que será comemorado no próximo domingo, dia 12 de outubro, com um programinha bem bacana e, o melhor, juntinho dos filhotes. 

A cidade de São Paulo está repleta de boas atrações para todos os gostos e bolsos. A seguir fiz uma pequena seleção do que acontece por ai neste final de semana. Bora conferir algumas sugestões do que é possível fazer nesse final de semana em São Paulo (capital)? 

Ah, mas antes, não esqueça: pratique abraçoterapia e aperte muito seu filhão ou filhinha nesse domingo, ok? Esse, certamente, será o melhor momento do seu dia! 

Vamos lá: 


FEIRAS DE TROCAS DE BRINQUEDOS

O Instituto Alana junto com outras entidades organiza amanhã, sábado, dia 11, várias FERIAS DE TROCAS DE BRINQUEDOS. Vale a pena conferir datas e locais no site http://feiradetrocas.com.br/. Iniciativa super bacana, que agrada a molecada e ainda estimula o não consumismo! 


ITAÚ CULTURAL 

O Itaú Cultural preparou uma programação especial dedicada ao universo infantil. As atividades se estendem por todos os fins de semana do mês das crianças. Nos dias 11 e 12, a garotada brinca com o grupo Batucantante, assiste ao espetáculo O Jardineiro da Lua e se diverte com as canções da Trupe Pé de Histórias.Além disso, no domingo, 12, os eventos acontecem também na Rua Leôncio de Carvalho. Mais informações e horários, no site do Itaú Cultural - http://novo.itaucultural.org.br/


PARQUE DA ÁGUA BRANCA

Teatro, oficinas, contação de histórias, parque de diversões e muito mais para os pequenos se divertirem. A Festa do Dia das Crianças reúne tudo isso no Parque da Água Branca, que recebe uma programação especial nos dias 11 e 12 de outubro, das 9h às 20h. A entrada é livre. Muitas atrações e atividades variadas aguardam as crianças durante o fim de semana. O Parque de Diversões, montado especialmente para ocasião, conta com mais de 30 brinquedos, como carrinho bate-bate, carrossel, barco viking, pula-pula e cama elástica; além de barracas de jogos de pescaria e tiro ao alvo, por exemplo. O ingresso para cada atração é R$ 5, mas as outras atividades, como o show de palhaços com distribuição de balas e maquiagem artística para as crianças, têm entrada franca. 

ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO
O grupo faz duas apresentações em homenagem ao Dia das Crianças. No sábado (11), eles interpretam Pedro e o Lobo, de Sergei Prokofev, e, no domingo (12), às 17h, o conjunto recebe o cantor Toquinho, que canta clássicos infantis como Aquarela. No AUDITÓRIO IBIRAPUERA - Oscar Niemeyer - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - portão 2 // Parque do Ibirapuera. 

OS SALTIMBANCOS
Em homenagem ao Dia das Crianças, a Banda Sinfônica do Estado fará duas apresentações especiais. Nas ocasiões, o conjunto formado por 82 músicos apresenta músicas do musical Os Saltimbancos, adaptado por Chico Buarque. A história mostra um grupo de bichos que quer escapar dos maus tratos de seus patrões. Unidos, eles partem para a cidade e tentam trabalhar como artistas. Mônica Giardini rege o grupo. As récitas contam com a participação do Coral Infanto-juvenil da Escola de Música de São Paulo e com os atores convidados Rubes Caribé, Beatriz Amado, Denise Yamaoka e Guilherme de Almeida. A apresentação é do também ator Leonardo Martinelli. Não faltam no repertório composições como História de uma Gata e Bicharia. Dias 11 e 12/10/2014, 16h00. Ingressos: R$10,00. Theatro São Pedro - Rua Doutor Albuquerque Lins, 207 - Santa Cecília. 

CIÊNCIA EM SHOW
O Grupo Ciência em Show apresenta seu espetáculo  no Catavento Cultural neste sábado e domingo, às 14h e às 15h30. Entrada franca neste final de semana. Estacionamento R$ 10,00. Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/n - Brás 

BIKE ARTE
Pelo terceiro ano consecutivo o"Bike Arte" - um festival de rua independente que desde 2012 leva a arte e a cultura da bicicleta para os espaços públicos da cidade -, convida a Largo da Batata, no domingo, dia 12, das 10h às 21h, com entrada franca. Organizado pelo Instituto Aromeiazero, em parceria com diversos artistas e coletivos que discutem a cidade, o "Bike Arte" conta com oficina de xilografia, de criação de pipas, de stencil, desenho e pintura, futebol na praça e bandas. A novidade desta edição é a parceria que o evento faz com "O Mercado", que promove mais um feira gastronômica no Mercadão de Pinheiros.



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

DESTRUA SEU DIÁRIO - A ideia é liberar geral!


Capa e algumas propostas do DESTRUA SEU DIÁRIO! 

Na semana passada, quando a Gi, nossa querida vizinha, esteve aqui em casa e soube que o Matheus estava empolgado lendo o Diário de um Banana, ela ficou encantada. Gi adora ler e ficou feliz em saber que o Mat estava pegando gosto pela leitura também. Conversa vai, conversa vem ela comentou com ele sobre um livro chamado Destrua seu Diário. Ele achou aquilo tudo muito engraçado e ficou empolgado com a proposta. Ontem, para nossa surpresa, Gi, que agora é uma moça de 17 anos, que já trabalha (até outro dia ela era uma menininha que vinha em casa brincar com o Matheus!) comprou o tal diário, que à princípio tem cara de livro, para dar de presente pra ele. 

Eu nunca tinha visto o tal diário. E, confesso, fiquei um tanto constrangida na hora. Tudo o que a gente escuta a vida toda é "Cuida do seu livro"; "Ele é seu melhor amigo", "Não amassa. Não faça orelhas nas páginas", "Não rabisque"... enfim, tudo isso você precisa literalmente esquecer, deixar de lado e se entregar sem nenhum pudor para cumprir os objetivos do tal diário. 

À principio, me deu pavor e pensei: "Meu Deus! O Rafa vai querer sair destruindo todos os seus livrinhos de histórias". Mas não. Tanto ele quanto o Mat entenderam a proposta do tal diário, também acharam tudo aquilo uma maluquice, mas sem nenhum constrangimento começaram a "destruir" o tal diário. Tudo com muita gargalhada e olhares arregalados uns para os outros a cada nova missão.

Fui pesquisar que "coisa" era essa. E meu pensamento ainda era "Meu Deus! Isso não pode ser educativo!". Mas, vamos lá... O tal livro (que não é livro!) é de uma ilustradora e artista canadense chamada Keri Smith. Ela "inventou" um tipo diferente de diário, que exige do leitor uma interação mais lúdica e inusitada. A proposta é estimular a criatividade e questionar convenções sobre a forma como lidamos com os objetos. O Destrua este diário nos convida a rasgar páginas, rabiscar, pintar fora das linhas, manchar e até mesmo levar o livro para o banho (Matheus ficou embasbacado quando leu isso!). Segundo informações, a ideia surgiu quando Smith começou a refletir sobre o início de sua carreira como artista e percebeu que o perfeccionismo tao exaltado na nossa cultura era um grande empecilho do processo criativo. A experiência fez com que ela entendesse que é preciso esculhambar a monotonia e o lugar-comum para que o novo possa surgir. 

Resumindo: a regra no tal diário é liberar geral! 

Confesso, não tenho uma opinião formada sobre isso. Confesso mais, me assustou a cena em que Matheus subiu numa cadeira e atirou o diário no chão (a missão era essa, jogar o diário de um lugar alto). Confesso também, os meus dois filhos estão se divertindo muito com as maluquices do diário. Mas, confesso mais ainda: eles tem perfeita consciência de que o único livro que vão estragar é o tal diário... que está com os dias contados, afinal, não sobreviverá depois do seu primeiro banho. E, finalmente, confesso: a molecada está liberando toda e qualquer energia que estava acumulada. E tudo regado a muita gargalhada... 



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

PÉROLAS - O dia que salvei um tatuzinho!

Ontem, na saída do colégio, os amiguinhos do Rafa se reuniram na calçada. Aliás, pausa pra calçada. A calçada é praticamente uma extensão do colégio. A molecada ama ficar uns minutinhos ali, correndo de um lado pro outro, enquanto as mamães tentam botar as fofocas em dia. Só tentam, por que na verdade a gente não tira os olhos deles o tempo todo. 

Enfim, ontem enquanto eles brincavam de super-heróis e embarcavam em suas fantasias, um deles, nem me lembro qual, viu um tatu bola andando na calçada, rumo à rua. Sim um tatu bolinha, aqueles bem pequenininhos. Mas o bichinho chamou tanto a atenção deles, que ficaram ali rodeando o coitado. Até que um deles disse: "Vou pisar!". Aí a protetora dos tatu-bolinhas do mundo entrou em ação. Abaixei na altura deles, que estavam exatamente em circulo olhando o bichinho andar e falei: "Imagina um elefante pisando na sua cabeça. O que aconteceria?". Mais do que depressa, o mesmo menininho que havia dito que pisaria no tatu respondeu: "Noooooossa, me esmagaria!"

"Isso mesmo. Essa é a sensação que o tatu bolinha vai ter. Pra ele, você é um elefante. Muito forte e grandão!", respondi.

A conclusão de tudo isso é que essa conversa que durou poucos minutos rendeu um prazer enorme pra mim. Primeiro, por que "salvei" a pele daquele tatuzinho. Segundo, por que os meninos, todos arregalaram os olhos e começaram a fantasiar e falar pérolas incríveis: "Nossa, imagina se um dinossauro pisasse em nossa cabeça", dizia o Theo. "Imagina se um robô gigante aparece pra nos pegar", falava o Pedro. "E se um gigante enorrrrrrrme também tentasse pisar em nós? Nossa!", imaginava o Arthur. "E se fosse um gigante com cara de dinossauro e que tivesse super poderes?", completou o Rafa. 

Ah, como é bom ser criança. Imaginação corre solta... E o tatu, nessa história? Seguiu seu caminho rapidinho e ninguém mais viu onde o "figurinha" foi parar. Esse ganhou mais um tempinho de vida! 

Tatuzinho está me devendo essa... 




segunda-feira, 6 de outubro de 2014

MATHEUSZICES - O dia em que Matheus resolveu assistir Peppa Pig



Matheus e os personagens da família Pig: desenho fofo,
mas "malcriado", segundo ele

Há algum tempo que Matheus não curte mais Discovery Kids. O moleque cresceu e seus interesses, inclusive por desenho animado, mudaram. Mas hoje pela manhã ele resolveu assistir Peppa Pig ao lado do irmão. E, qual não foi minha surpresa, quando ele começou a demonstrar suas impressões sobre o desenho e compartilhar com a gente - eu e o Rafa. 

Todo mundo sabe (ou pelo menos todo mundo que já assistiu Peppa Pig) que a Peppa é mimada. O desenho é muito fofinho, mas basta observar com um pouquinho mais de atenção para não aprovar alguns comentários ou atitudes da porquinha principal. A postura da mãe da Peppa também chama muito a atenção: Qual mãe não queria ter a paciência da Mamãe Pig? Pois é, mas definitivamente ela não existe! Diria que é uma paciência exclusiva da porquinha, por que na vida real não é bem assim... Melhor sermos realistas do que deprimir por que não chegamos nem perto da sua paciência de Jó da matriarca da família Pig. 

Mas, voltando ao Matheus, o que me chamou a atenção foi que, aos oito anos, ele conseguiu perceber as atitudes "erradas" da Peppa. A seguir sua avaliação, sobre a personagem principal do desenho: 

"Mãe, a Peppa é muito malcriada. Olha só, ela acaba de falar pra mãe dela, que ela consegue assoviar por que é velha. Mãe, ela chamou a mãe dela de velha! Que feio!" 

"Olha só... a Peppa estava no telefone com a amiga dela e desligou na cara da amiga sem sequer falar tchau! Mais uma malcriação da Peppa!" 

" Mãe imagina se eu chamasse o Rafa de bobinho o tempo todo. Ele ia ficar feliz? Pois ela chama o George (irmão mais novo) de bobinho toda hora! E não é só o irmão, chama até o pai de bobo!"

" Nossa, a Peppa é mimada. Se acha muito grande e sabe tudo, mas quando não consegue fazer uma coisa direito fica toda nervosinha!" 

E, no final, sua conclusão (claro, puxando a "sardinha" pro seu lado): 

"Mãe, melhor o Rafa nem assistir mais Peppa. Você diz que os desenhos do Cartoon são malcriados, mas a Peppa é muuuuuuito malcriada. Melhor o Rafa assistir os Detetives do Prédio Azul, pelo menos lá ninguém faz coisa feia..." (esse último, é o desenho favorito do Matheus atualmente!)


domingo, 5 de outubro de 2014

PÉROLAS DOS ÚLTIMOS DIAS - Matheus e Rafael estão inspirados!

A molecada está inspirada nos últimos dias e, com isso, várias pérolas foram soltas por aqui. Aí vão algumas reunidas num único post: 

Rafa e Mat - muitas pérolas nos últimos dias! 


Matheus sobre o irmão, que está roncando muito por conta do nariz congestionado: 
"Nossa, mãe, o Rafa está parecendo uma caminhonete enferrujada. Que barulhento!"


Rafa sobre o dia que terá que ir de pijama pro colégio: 
Rafa - Mãe, eu vou dormir na escola no dia do pijama? 
Eu - Não, Rafa. Só vai de pijama no horário de aula. 
Rafa - Que pena! 
Eu - E você dormiria no colégio longe da mamãe? 
Rafa - Sim! 
Eu - E quem chamaria se acordasse no meio da noite? 
Rafa - Ah, mãe... o Dudu! (seu amigão na escola) 


Matheus essa semana participou de um torneio de xadrez e ficou em primeiro lugar. Trouxe pra casa uma medalha de ouro e um troféu. E, deu pro Rafa, uma medalha de participação, que também ganhou no campeonato. Rafa adora medalhas, mas não pensou duas vezes e falou: 
"Obrigado, Mat. Gostei. Mas nem vale nada essa medalha, eu nem joguei. Preciso treinar mais e ganhar uma medalha de verdade nesse campeonato!"
Futuro enxadrista? 


Os dois jogavam futebol na sala com a vó Ivone. Eis que Rafa resolve colocar o capacete na cabeça. E começa o diálogo: 
Vó - Rafa, pra jogar futebol não precisa de capacete. 
Rafa - É melhor usar vó... tá muito perigoso esse jogo. Essa quadra é muito apertada, tem muita parede... 
Em seguida forçou uma batida de leve na parede... 
Rafa - Viu vó... ainda bem que eu estava super protegido... Nem me machuquei de verdade. O capacete me salvou!
Futebol de salão ou futebol americano??? 


Rafa em seu momento "desabafo" e mostrando seu total ciúme pelo irmão:
Rafa - "Mãe, você sabe onde está o Mat?"
Eu - "Não... ele não estava aqui com você enquanto eu tomava banho?"
Rafa - "É. Estava. Mas adivinha onde ele está agora enquanto eu estou aqui sozinho?"
Eu - "Não sei... onde?" (olhando para os lados com cara de dúvida)
Rafa - "Lá no quarto com aquele livro 'do banana' que ele não desgruda mais... Mat só pensa no banana, no banana... não quer brincar comigo! Daqui a pouco ele vai até querer comer banana!", indignado!
(Matheus está todo empolgado lendo "O Diário de um Banana" e, por ironia, Mat detesta a fruta banana, por isso o comentário do irmão!)






quarta-feira, 1 de outubro de 2014

LANCHEIRA - Os malabarismos para montar uma lancheira saudável

Getty Images

Preparar a lancheira escolar definitivamente não é uma tarefa fácil. Principalmente quando você se preocupa em oferecer uma alimentação saudável e tenta fugir das tentações (e praticidades) industrializadas. Escolher os alimentos corretos, saber como armazená-los da maneira certa para que não percam seus nutrientes, fazer escolhas e substituições certeiras não é mole não. 

A escola dos meninos, por exemplo, tem um cardápio elaborado por uma nutricionista. Este cardápio, em tese, deve ser seguido. Você tem a opção de contratar o serviço (e assim ficar livre do trabalhão diário) ou mandar diariamente a lancheira seguindo o cardápio do dia. No primeiro mês do Rafa na escola não pensei duas vezes e contratei a cantina. Mas, pra minha surpresa, ele reclamou que queria levar lancheira, por que a maioria dos amigos de sala também levava. E lá vamos nós embarcar nessa aventura de "montar" lancheiras (sim, duas, afinal tenho dois filhos em idades diferentes e com gostos completamente diferentes) todos os dias. 

À princípio seria fácil. Afinal, existe um cardápio para ser seguido, certo? Errado. Porque tem dias que é servido algum item que eles não gostam ou que é preparado um lanche na hora, que não dá pra fazer em casa e comer duas horas depois. O suco é outro "x" da questão. Suco natural é mais saudável, claro. Mas suco de fruta natural para ser consumido duas horas depois perde as vitaminas, alguns sabores amargam, se for enviado em garrafinha de vidro térmica corre o risco de cair no chão e quebrar, enfim, o que seria fácil virou uma novela. Aí partimos pro suco de caixinha. Ok. Que a gente finge que acredita que é suco (Não é! É Néctar! Está escrito lá na caixinha), finge que não sabe que tem horrores de açúcar e conservantes. Finge ou não se conforma, como eu. E sai em busca de opções melhores. Mas olha, dificílimo encontrar. Principalmente por que os mais porcarias, em geral, estão associados aos personagens que a molecada adora e a tentação deles para ter o suco do super herói "x", "y" ou "z" é grande. Mas vamos, lá, não desisto! E converso muito com os meninos, explico, oriento. As vezes funciona. As vezes a pressão e a vontade deles é maior. E assim vamos levando. E dá-lhe água de coco e algumas marcas mais naturais.  Vez ou outra o suco porcaria, o achocolatado ou a garrafinha de iogurte acabam invadindo a lancheira. Descobri que não dá pra ser radical. Meus filhos comem sim um docinho, um biscoitinho trash, um suco que não é suco. De vez em quando! Não sempre. E funciona. Depois que "matam" a vontade, voltam para os alimentos que estão acostumados, que é mais saudável. 

A minha "briga" com a lancheira não é de hoje. Quem conhece a história do Matheus com a comida sabe do que estou falando. Quem não conhece pode entender clicando aqui nessa reportagem que fala do Transtorno Alimentar que ele desenvolveu - Transtorno Alimentar - O fato é que montar a lancheira de uma criança que é super restritiva é dificílimo. Dos cinco dias da semana, Mat não comia, em geral, quatro itens do cardápio. Mas nunca desisti de ajudar meu filho a aceitar os alimentos e também nunca me rendi a burlar o cardápio só para satisfazer sua vontade. Ele gostava, por exemplo, de bolacha de chocolate, mas nunca levou pra escola, pois não era permitido (e por que não é saudável mesmo comer biscoito recheado no dia a dia!). Aliás, esse é o outro problema das lancheiras. A escola faz a parte dela oferecendo um cardápio bacaninha. Algumas mães tentam segui-lo. Mas (como sempre tem o "mas"), alguns não seguem e mandam batatinhas fritas, biscoito recheado, bolinhos industrializados, salgadinhos de pacote. E aí seu filho fica com vontade de Fandangos! E aí ele te questiona sobre por que o fulano pode e ele não. E aí, por causa da lancheira, você se pega tendo um papo cabeça com um moleque de quatro anos para fazer ele entender que tem mães não estão nem aí pro cardápio saudável e mandam Fandangos na lancheira... E o lado bom é que esses papos funcionam e hoje eles chegam em casa dizendo: "Mãe, acredita que o fulano de tal levou salgadinho porcaria de novo? Feio, né?!". Ufa. Muito feio! 

Como o assunto está fresquinho aqui em casa, ele virou tema de entrevista pro blog. A seguir um bate-papo com a nutricionista Pâmela Pessoa Araújo: 



Mãe de Segunda Viagem - Quais alimentos devem estar presentes na "lancheira (ou lanche) ideal"? 

Pâmela - A lancheira deve ser composta por um alimento de cada grupo alimentar, carboidrato (pães, bolos de preferência caseiros, bolacha sem recheio ou cookie integrais), acompanhado de uma proteína (queijos, nozes ou castanhas) um suco e uma fruta.


Mãe de Segunda Viagem - Quais cuidados os pais devem ter na hora de escolher os alimentos a serem colocados na lancheira dos filhos? 

Pâmela - O primeiro cuidado deve ser com a higiene e se forem alimentos industrializados observar o estado das embalagens respeitando sempre o cuidado com as temperaturas recomendadas de cada alimento. Depois o cuidado com a variedade dos alimentos, acrescentar tomate e cenoura nos lanchinhos, por exemplo, para deixá-lo mais colorido e consequentemente, mais atraente e nutritivo. Diversificar o lanche é sempre muito importante para que a criança não enjoe e fique desestimulada aos hábitos saudáveis.


Mãe de Segunda Viagem - Suco é sempre melhor que refrigerante. Mas os sucos industrializados estão longe de ser considerados saudáveis. Nesse caso, é melhor levar um suco natural (mesmo que fique muito tempo parado na lancheira até a hora do lanche) ou optar pelo industrializado? 

Pâmela - Existe uma variedade imensa de sucos industrializados no mercado, consequentemente na qualidade e no valor nutricional um muito diferente do outro. Com isso não é recomendado os sucos industrializados de pó e somente artificiais. Os sucos naturais seriam a melhor opção de saudáveis, porém com o tempo perde valor nutricional e corre o risco de amargar e a criança não conseguir ingerir. Por isso, para as lancheiras a melhor recomendação seriam os sucos concentrados de caixinhas.


Mãe de Segunda Viagem - Quais outras opções de bebidas saudáveis e recomendadas para as lancheiras? 

Pâmela - Ficamos limitados, já que a maioria das bebidas para crianças precisam de refrigeração, uma outra opção, seriam os sucos concentrados a base de soja.


Mãe de Segunda Viagem - Quais as melhores frutas pra se levar na lancheira? E como elas devem ser colocadas na lancheira: inteira ou partida? 

Pâmela - As melhores frutas são as da época, aproveitando ao máximo suas propriedades nutricionais, além da oferta com os melhores preços. Sempre colocadas na lancheira inteiras e se houver necessidade, cortar no momento do consumo.


Mãe de Segunda Viagem - Bolinhos, bolachas recheadas, chocolates e guloseimas são os vilões das lancheiras. Como conscientizar pais e filhos da importância de um lanche saudável e nutritivo? 

Pâmela - Os pais precisam ser exemplo sempre para as crianças, e na alimentação não é diferente. Se houver uma oferta muito grande desses alimentos em casa, fica difícil explicar para a criança que esse alimento ela não pode comer. Então a melhor opção é oferecer alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e fibras, e quanto mais in natura for melhor a opção.


Mãe de Segunda Viagem - Quais os alimentos "vilões" das lancheiras e dos lanches das crianças em fase escolar? 

Pâmela - Os alimentos “vilões” são os excessos, a diferença entre o “saudável” e o “vilão” será sempre a quantidade. Sou a favor de liberar um docinho de fim de semana, em festas de aniversário, deixo comer sem proibir nada, porém ressaltando a quantidade porque o excesso vai fazer a criança passar mal, principalmente as crianças que não possuem o hábito de comer “as guloseimas” todos os dias.


Mãe de Segunda Viagem - Como a escola pode trabalhar com os alunos a importância de um lanche saudável? 

Pâmela - As escolas podem ter programas de orientação alimentar com as crianças e disponibilizar informações e dicas sobre alimentação saudável e qualidade de vida para os pais.


Mãe de Segunda Viagem - Como os pais podem trabalhar em casa essa questão com os filhos? O exemplo ainda é a melhor saída (pais que comem bem influenciam filhos a comer bem também)? 

Pâmela - Sim, o exemplo será sempre a melhor saída, aliada com práticas e atividades lúdicas com as crianças, atraindo os pequenos para o convívio com os alimentos, já que o alimento faz parte da nossa vida desde o momento do nascimento. Então aproximar as crianças do pré preparo e preparo dos alimentos é bem bacana, como leva-los à feira, mercados e estar na cozinha junto com os familiares.


Mãe de Segunda Viagem - Dê dicas de lanches saudáveis e que agrada também a molecada. 

Pâmela - As aceitações das crianças geralmente são herdadas dos hábitos dos pais e familiares, mas bons exemplos de lancheiras saudáveis seriam:

1-    ½ Pão integral com requeijão,  1 cx de suco de uva e 1 maça
2-    1 Mini bolo de cenoura com aveia, 1 cx de suco de soja de maracujá e 1 queijo suíço
3-    4 Mini pães de queijo, 1 cx de suco mix de frutas e 5 morangos com 1 noz picadinha









Agradecimento à  Pâmela Pessoa Araújo - Nutricionista CRN 17.630 - da empresa Qualidade & Sabor – Terceirização e Consultorias Alimentares