segunda-feira, 26 de outubro de 2015

COMPORTAMENTO - Exposição é passeio de criança sim!


Dia desses li um texto ótimo na internet da Mirtes Aquino, que dizia, em resumo, mais ou menos o seguinte. "A crença de que tem locais que só agradam adultos e locais que só agradam crianças é uma grande falácia, mas que se mostra muito conveniente ao mercado que oferta produtos/serviços diferenciados para crianças. Quer um exemplo: se vocês curtem museus e os visitam com frequência, é claro que as crianças vão gostar de ir a museus (...). Mas se vocês não gostam e não frequentam, nem adianta que as crianças não vão gostar - e provavelmente nem os adultos"

Esse texto veio bem a calhar por aqui e explico porque. Em casa costumamos levar os meninos para todo tipo de passeio. De parque público com área verde à exposições em museus, passando por um passeio mais radical num parque de diversões até chegar na pracinha do bairro. Tudo aqui rola sem nenhum pré-conceito. Não valorizamos menos as horas que passamos juntos na pracinha do bairro por ser um passeio mais simples. Não valorizamos mais "aquele" dia especial que vivenciamos no parque "x", que gerou um custo maior por isso. Acreditamos que os momentos que passamos em família são os melhores, por si só. A companhia vale mais do que o lugar em si e tentamos repassar esse conceito de família, união para os meninos a cada gesto. E, claro, no final de cada passeio e diversão cada um dia se curtiu, se não curtiu e se merece um repeteco ou não. 

Desde muito cedo meus meninos - Matheus hoje com 9 e Rafael com 5 - frequentam museus e espaços culturais. E, assim como passear no parque ou andar de patins na praça, esse é sim um passeio divertido para eles. Digo isso porque sou surpreendida com uma certa frequência por comentários de pessoas que ficam admiradas quando sabem que estivemos em um museu "x" ou que visitamos uma exposição "y". 


Na semana passada foi a vez de conhecermos a exposição "Com Ciência", da artista australiana Patricia Piccinini, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. A chegada ao CCBB por si só foi um passeio a parte. Fomos de metrô, caminhamos a pé juntos pelas ruas do centro numa tarde ensolarada de primavera. Eles fizeram mil perguntas, reconheceram o Theatro Municipal, acharam engraçado o nome do Viaduto do Chá e assim chegamos ao nosso destino. Para evitar muita espera (afinal, criança cansa!) agendei nossa visita pela internet. E o esquema funciona muito bem. No horário certinho é liberado para o grupo daquele determinado horário entrar e iniciar a visita. 


A exposição está simplesmente um arraso e como são esculturas grandes e muito chocantes fazem os olhinhos de crianças e adultos brilharem. Para quem não conhece essa mostra, explico: são todas esculturas feitas de fibra de vidro e silicone e a artista se utiliza do realismo como linguagem, apresentando ao espectador um universo de criaturas desconhecidas, porém palpáveis e surpreendentemente afetuosas. A mostra mistura peças que se parecem muito com seres humanos reais (de longe você fica certa de que é uma pessoa de verdade!) com outras de seres grotescos, mas com olhares muito suaves, cheios de ternura, que evita que o público se assuste com elas, o que acaba até aguçando a criatividade de cada um. 



Os comentários que escuto de cada um deles durante a visita vale mais do que tudo. Rafa no início teve repulsa pela primeira peça, que viu. Passados alguns minutos já estava tão familiarizado com que via, que chegou a dizer para um monitor que queria ter um "bichinho" daquele em casa. Matheus gostou de ver que os bonecos usavam tênis muito parecidos com os seus favoritos. Ambos perceberam que os olhares das crianças e dos seres estranhos eram cheios de carinho... Ficaram curiosos para saber como a artista conseguiu colocar pêlos tão reais nas pernas dos personagens e se divertiram vendo situações inusitadas como o menino que estava no topo de um monte de cadeiras empilhadas. 


Ficamos pouco mais de uma hora percorrendo os quatro andares do CCBB e, no final, ouvi a seguinte frase do Rafa: "Podemos voltar outro dia? Gostei tanto!". 

E, confesso, todas as vezes que fomos em exposições ouvi comentários parecidos dos meninos no final do passeio. Daí, a lição. Exposição não é passeio chato e careta. Pode ser um passeio divertido sim para todas as idades. Assim como é divertido brincar no tanque de areia, no play do prédio e ficar de papo pro ar num dia de preguiça dentro de casa. Crie coragem, escolha uma que chame sua atenção e se jogue. Você (e seus filhos) podem curtir muito essa nova descoberta. 


Alguns cliques do nosso passeio: 

All Star - azul no pé do boneco e preto no pé do Mat!



















Serviço: 
Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 - Centro. 
Mais informações no site do CCBB  http://culturabancodobrasil.com.br/portal/

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

MOLUSCO CONTAGIOSO - Adeus às bolinhas brancas na pele!

No começo da semana meu caçula precisou passar por um procedimento para retirada de MOLUSCO CONTAGIOSO da pele. O procedimento foi super rápido (feito no próprio consultório da dermatologista), quase indolor (com a aplicação de uma pomada anestésica, não foi nenhum bicho papão) e tranquilo pro baixinho (que ganhou até um parabéns da médica por ter aguentado firme e forte). 

Mas o que é afinal esse tal Molusco Contagioso, que é relativamente comum aparecer na pele, principalmente, da molecada? 

Imagem meramente ilustrativa extraída da internet

Uns anos atrás o meu grandão também teve. Mas na época foi possível tratar em casa usando um medicamento que a dermato receitou e mandamos manipular em farmácia. Foi super tranquilo. Mas com o Rafa foi diferente. O mesmo remédio não fez efeito e as "bolinhas" ficaram lá grudadinhas na pele (e algumas até aumentaram de tamanho). 

O molusco contagioso é uma infecção viral contagiosa relativamente comum caracterizada pelo surgimento de nódulos na pele - muitas vezes confundidos com verrugas. 

É causado por um vírus que é membro da família dos poxvírus - o maior tipo de vírus já identificado. O contato direto é a forma de contágio mais comum que existe para esse tipo de infecção. O vírus espalha-se por meio de contato com objetos contaminados, como toalhas, roupas ou brinquedos. 

Acredita-se que o molusco contagioso seja mais comum em pessoas com sistema imunológico enfraquecido como no caso de soropositivos e, em crianças, especialmente as que tem dermatite atópica (que é o caso dos meus filhotes!). 

Tratamento

Embora sejam indolores, confesso que incomoda ver aquelas bolinhas (no caso do Rafa eram várias) espalhadas pelo corpo. Fora que como são contagiosas, devem também ser eliminadas para evitar que sejam transmitidas para outras pessoas do seu convívio. Quando não são retiradas devem ser cobertas para evitar o contato de toque. Sabe-se que as bolinhas podem sumir por si só depois de um tempo, mas pode levar até 4 anos para isso acontecer. 

O tratamento consiste na destruição das lesões, que podem ser feitas através da eletrocoagulação, criocirurgia, curetagem, cauterização química ou expressão manual. Quando curetada ou retirada manualmente, elimina um conteúdo semelhante a uma "massa" esbranquiçada. 

Uma alternativa de tratamento é o uso de imunomoduladores, no qual a aplicação do produto modifica a resposta imune nas áreas tratadas, levando à eliminação das lesões. 

A recomendação médica é iniciar o tratamento quando surgem as primeiras lesões, evitando a disseminação que ocorre, em alguns casos. 

No caso do Rafa, a dermatologista aplicou uma pomada anestésica para ele não sentir dor. Depois de alguns minutos fez a curetagem manualmente. Pronto. Alguns minutos depois, Rafa disse adeus às bolinhas branca e estava liberado para seguir sua vida normalmente. 



FONTES utilizadas nesse post: 
http://www.minhavida.com.br/
http://www.dermatologia.net/