quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Desmame de irmão!

Rafa precisa passar pelo desmame. Não, meu caçula não mama mais no peito faz tempo. Seu desmame do leite materno foi fácil e tranquilo, como deve ser. É de outro desmame que me refiro aqui. Rafa precisa "desmamar" do irmão. E esse desmame não será tão fácil assim... 

Desde sempre Rafael é grudado no Matheus. Mat é seu grande ídolo. E Rafa demonstra isso o tempo todo. É nítido como ele admira seu irmão mais velho. Quando Mat ganha uma medalha ou vence em um campeonato, Rafa fala todo orgulhoso para quem está em volta sobre a conquista do irmão. Quando um amigo do Rafa se refere ao Matheus, o pequeno sai logo falando: "É meu irmão! Mat é meu irmão!", todo orgulhoso de peito estufado. 

Quase todos os dias os dois se encontram em algum "canto" da escola. Em geral, quando a turminha do Rafa está no parque, a turma do Mat passa por ali para ir ao lanche. E nessa hora, quase sempre, o encontro é inevitável. Rafa chega em casa contando: "Eu vi o Mat hoje e dei um abraço nele!". E, o Mat completa: "Mãe, o Rafa me dá um abraço tão gostoso, que agora alguns amiguinhos dele também correm para me abraçar. É um barato! Quase me derrubam!". Mas Rafa não tem ciúme dos amigos. Ele diz que "divide" o irmão, afinal, irmão é só ele!

Quando os dois vão cortar o cabelo é a mesma coisa. Sabendo da paixão do pequeno pelo mais velho, o cabeleireiro provoca, já sabendo a resposta, que é sempre a mesma. "Rafa, como é para cortar seu cabelo hoje?". E, Rafa, sem titubear diz: "Igual o do Mat!".  A cena se repete todos os meses e sempre termina em gargalhada, inclusive do Rafa! 

É claro que, como mãe, fico imensamente feliz em sentir o amor de um pelo outro. É claro que desejo que esse amor permaneça para sempre. Mas e quando esse grude todo começa a atrapalhar? Pois bem, aí que mora o problema! E hoje pela manhã passamos por isso... 

Rafa "leva" o irmão para a natação desde os tempos de "barriga". Sempre ficou comigo na recepção, na sala de espera, olhando o Mat pelo vidro. Ano passado, há exatamente um ano, Rafa "virou" um aluno também. Cada um na sua raia. Cada um na sua touca, com seu professor. Mas não é de hoje que o Matheus pede para dar uma pausa na natação. Está cansado, quer fazer outro esporte, nada direto há mais de cinco anos e pediu uma trégua. Depois de muito insistir, resolvemos respeitar a sua vontade e hoje, exatamente hoje, foi a primeira aula do Rafa sem o Mat na piscina. Ele sabia. Estamos "anunciando" essa novidade há algum tempo. E ele já tinha reclamado. Chegou a falar que queria parar também, mas explicamos a ele os motivos pelos quais ele não pode parar ainda: ainda não sabe nadar, não se "vira" sozinho na água, natação é um esporte muito importante e blá blá blá. E fomos tocando o barco. 

Hoje pela manhã quando Rafa se tocou que estava de sunga e roupão e o irmão estava de calça e camiseta começou o chororô. "Não vou pra natação! Também quero parar! Quero fazer escolinha de futebol junto com o Mat!". O choro foi tão sentido, que larguei tudo, peguei ele no colo e tentei uma conversa. Em vão. Ele saiu do meu colo e se fechou no quarto. Mat foi lá, a meu pedido, e tentou falar com ele. Em vão também. Rafa estava inconformado. Minutos depois aceitou conversar. Expliquei que o irmão estaria ao meu lado, do mesmo jeito que ele ficava antes, quando só o Matheus nadava. Que sua aula seria exatamente a mesma, o mesmo professor, os mesmos amiguinhos, as mesmas brincadeiras de antes. Que nada, absolutamente nada, mudaria. Com os olhos cheios de lágrimas ele disse: "Mas o Mat não vai estar mais lá do meu lado!". Aí minha ficha caiu. Rafa sempre teve um medinho de água, que hoje foi superado. Mas quem deu essa grande força pra ele criar coragem e entrar na piscina desde o primeiro dia, mesmo sem saber ou perceber essa responsabilidade, foi o Mat, que estava bem ali, ao seu lado. 

Mat é muito mais que um irmão para o Rafa. Mat é seu porto-seguro. Mat dá confiança e segurança pro Rafa. Foi assim na natação. Foi assim na escola. É assim quando estão brincando no prédio com outras crianças. E isso é tão natural e tão leve que nenhum deles percebe esse "peso". Mat, em momento algum, carrega o peso da responsabilidade de ter que levar, fazer ou carregar o irmão nas costas. Nunca cobramos isso e ele mesmo não "pega" essa responsabilidade pra si. Mat é uma criança como outra qualquer. Que brinca muito e não deixa de fazer nada por causa do irmão. E Rafa também não deixa de conviver e curtir outras crianças para ficar o tempo todo grudado no irmão mais velho. Mas hoje tive a certeza do quanto a presença física do Mat por perto é importante para a segurança do Rafa! Ele quer ter o irmão, sempre que possível, no seu campo de visão. É como se o Mat fosse a dose extra de segurança que Rafa necessita num momento de insegurança. 

Rafa precisa desmamar do irmão. E como quase todo desmame vai ser difícil no começo. Mas, diferente do desmame do peito, que ele pôde decidir o momento certo de parar, agora chegou a hora dele se separar um pouquinho do irmão. Bem pouco, afinal Mat estará atrás do vidro, como hoje, comemorando cada vitória do Rafa. Hoje ouvi do Mat "Nossa, Rafa está fazendo submarino. Eu não tinha visto ainda!". E, quando os dois se encontraram no vestiário, ele disse: "Parabéns, Rafa! Seu submarino está lindo!". E, Rafa, com um sorrisão no rosto, todo orgulhoso disse: "Obigado, Mat", assim mesmo, sem o "r". 


A última aula do Mat na natação, na semana passada: os
irmãos juntinhos no final da aula! 



Rafa na piscina hoje pela manhã:
primeiro dia sem dividir
a piscina com o irmão!






ESPELHO: Enxerguei minha mãe em mim!

Texto meu publicado originalmente na coluna NO QUINTAL, do VILA MAMÍFERA. O link do artigo no Vila está aqui: http://vilamamifera.com/noquintal/por-adriana-ramos/


É impressionante como mudamos depois que nos tornamos mães. E esse assunto tem martelado na minha cabeça nos últimos dias. Essa semana especialmente vi minha mãe dentro de mim em vários momentos. E a vi com todos os seus defeitos, qualidades, inseguranças e certezas. Vi aquela mãe, que muitas vezes, tinha atitudes que eu descordava, que eu não aceitava, que eu muitas vezes não compreendia. 

Lembro-me muito bem que todas as vezes em que eu fazia algo que a desagradava, ela falava muito. Repetia, gritava, dava muita bronca, falava alto. Nada de agressão física. Nunca apanhei da minha velhinha. Mas a danada falava demais. Chegava a irritar. Quantas vezes eu já não lembrava mais do que tinha feito, mas lá estava ela falando, falando, falando. E ai de mim se caia na tentação de pedir para ela parar ou se dizia algo como “Tá bom. Já entendi”. Ela rapidamente retrucava com um “Não me manda ficar quieta! Eu falo o quanto quiser!”. E o blá blá blá começava novamente. 

Essa semana Rafa, meu caçula de 4 anos, me tirou do sério. Por um motivo bobo, um desentendimento dele com o irmão por uma bobagem precisei intermediá-los por que a “coisa” estava ficando séria demais. Eles estavam na sala, eu no quarto trabalhando. Pedi de longe para os dois pararem. Não deram bola. Minha mãe, que estava em casa naquele momento, tentou apaziguar, mas não resolveu. Ameacei ir pra sala. Continuaram. Fui. Mas fui num momento em que faltava uma gota pro copo transbordar. Cheguei irritada. Cuspindo fogo. Matheus, o mais velho de 8 anos, que conhece muito bem o limite da mãe, parou na hora. Mas Rafa não. Ele é insistente e não tem noção do perigo. Continuou debochando do irmão e começou a repetir o que eu falava com desdém. Peguei ele pelo braço, o coloquei num banco pra pensar e continuei falando, falando, falando como minha mãe, no passado. Chegou uma hora em que ele disse “blá blá blá”. Fiquei furiosa. Como assim, aquele pirralho de 4 anos está reclamando que eu estou falando demais? Falei mais ainda. Exatamente como minha mãe fazia e eu detestava. 

De repente, olhei pro Rafa e enxerguei uma menina gorduchinha, com duas trancinhas e que usava botas ortopédicas nos anos 80. Olhei no espelho e vi a dona Ivone, minha mãe, mais jovem, de algumas décadas atrás, inconformada com tudo o que estava acontecendo. “Mal criado. Respondão! O que você está pensando da vida?”, eu falava. Igualzinho ela fazia! 

A história minha com o Rafa terminou com chororô dele. Acabei o repreendendo pelas suas atitudes e, quando a ficha dele caiu, ele ficou mal e se desculpou pelo que tinha feito. Mas a história pra mim não terminou até agora. Essa explosão de sentimentos e agitação fez com que eu pensasse e repensasse a minha vida, a maternidade, o que quero e acredito para os meus filhos. Antes de ser mãe jurava pra mim mesma que seria completamente diferente dos meus pais. Reconhecia, claro, suas qualidades e suas boas intenções. Mas gostaria de ser mais paciente do que meu pai (ele era tolerância zero!). Queria saber escutar mais e julgar menos. A dar “bola” para os sentimentos dos meus filhos sem desprezá-los julgando ser uma bobagem qualquer, mesmo que pra mim aquilo pudesse ser uma bobagem de criança. Queria ter mais tempo para curti-los de verdade e de fato sem ter que empurrar com a barriga a maternidade no meio das zilhões de tarefas do dia a dia. Queria ser mais paciente. Menos explosiva. Mais cautelosa com as palavras. Menos irritadiça. Queria saber separar mais as situações e jamais descontar um descontentamento ou um problema pontual em quem não tem nada a ver com isso.

E não estou falando em culpa. Nesse caso, não rola culpa. Só uma constatação: o espelho que tive na infância reflete hoje nos meus atos. Não é sempre. Não é o tempo todo. Mas as vezes a mãe que eu tive, se mistura com a mãe que eu sou. E o Rafa? Ah, o Rafa é o meu espelho de infância, é o meu espelho de hoje… Enxergo minhas atitudes no meu pequeno diariamente. Se sou doce, ele é. Se sou brusca, ele é. Mas de tudo isso a lição: Rafa, sem sequer imaginar, consegue, em suas birras, mostrar quem fui, quem sou e quem quero ser.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

FILHOS - Ganhando asas!

Ele foi logo ali realizar sonho e volta já. Mas todas as vezes que ele vai o coração "de mãe" fica apertadinho. Falamos tanto em MATURIDADE, INDEPENDÊNCIA, CRESCIMENTO, mas quando chega a hora de soltar não é tão simples assim. Hoje é dia que ele fica longe o dia todo. Longe do pai, da mãe, da professora, dos amigos do dia a dia. Lá, é ele e ele. E como ele se comporta? O que vai fazer? O que vai comer? Só Deus e ele sabe! Aí é quando a gente entrega nas mãos do Pai e confia em tudo o que ensinou no dia a dia. E, com o coração apertado, torce para que ele tenha absorvido o que você ensinou. E confia! Porque no fundo você sabe o quão importante são esses momentos para a MATURIDADE, a INDEPENDÊNCIA, o CRESCIMENTO dele! Esses torneios de xadrez vão muito além do jogo em si. É o momento, claro, de aprender a lidar com vitórias e derrotas. Mas também do meu "passarinho" voar pra fora do ninho. E, voltar, claro, feliz pra casa com muitas histórias na bagagem! Vai Mat! Vai com tudo. Estamos te esperando de braços abertos! 

Mat a caminho da final de xadrez!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FUTEBOL X MATEMÁTICA

Cheguei a uma conclusão. Mera conclusão de mãe, que fique bem claro. Futebol e Matemática tem tudo a ver. A conclusão parte do óbvio: as camisas possuem números, existe um número "x" de jogadores em campo, os gols se transformam em números e a somatória desses gols em pontos ao longo do campeonato. Mas a matemática vai muito além do óbvio. E isso pude constatar na prática aqui em casa. Não é de hoje que o Matheus curte futebol. Mas acho que a sua paixão pela redonda em campo aumentou ainda mais durante a Copa do Mundo aqui no Brasil. Também não é de hoje que Matheus gosta de matemática e demonstra mais interesse pelos números do que pelas letras. E observando meu grandão mais atentamente pude perceber o quanto o FUTEBOL contribui para o seu aprendizado em MATEMÁTICA. Pois é... e explico porque. 

Matheus guarda o seu álbum de figurinhas da Copa como um verdadeiro tesouro. E, vez ou outra, lá está ele folheando o álbum. Dia desses percebi que tinha umas folhas de papel dentro do álbum. Perguntei o que era e ele mostrou todo orgulhoso. Ele queria saber quais eram os jogadores mais jovens da Copa, separado por seleções/países. E fez uma lista enorme com os nomes de todos os jogadores e seus anos de nascimento. Sim. Tudo manuscrito! Sem preguiça alguma! Coisa de louco mesmo! E em seguida? Começou a fazer as contas para saber qual a idade dos jogadores. Pois é. Aí ele percebeu que não sabia ainda fazer contas de subtração "emprestando" números. E pediu para ensinarmos. Vez ou outra nos procurava para tirar dúvidas. Teve erros e acertos. Em um determinado momento fez o seguinte questionamento: "Por que quem nasceu em 1980 tem 34 anos e quem nasceu em 1981, que é um número maior, tem 33, que é um número menor?". Dúvida boba para quem já sabe, mas que fez o moleque pensar e ter uma nova descoberta. 

Aí me toquei (o que também não é nenhuma novidade, mas as vezes esquecemos), que não é preciso estudar pra prova de matemática só com a apostila nas mãos. Estudamos matemática falando em futebol e o Mat sequer percebeu que aquele momento de diversão para ele era também de muito aprendizado. 

Confesso que na hora que vi aquelas listas enormes com nomes e datas, pensei "Meu Deus, por que ele está perdendo tempo com isso?". Mas me contive diante da alegria e empolgação com que ele mostrava suas anotações. E hoje penso: "Que bom que eu não o desmotivei!". Afinal, essa brincadeira, que a principio parecia boba, tem sido também rica em aprendizado. 

Disso tudo, ficou pra mim uma lição: Muitas vezes a gente ignora um ato, um gesto, um comentário de uma criança achando aquilo uma grande bobagem. Mas por trás dela pode ter algo muito maior, que foge aos olhos dos adultos, mas que só um olhar de criança pode captar. Fica a dica! 


Foto: Gustavo Duarte (meramente ilustrativa extraída da internet)





domingo, 23 de novembro de 2014

BIRTHDAY DA MAMIS!

E, assim, grudadinhos, comemoramos a chegada dos meus 3.7 com muito amor e companheirismo! 

E à Deus eu só peço SAÚDE pra continuar o meu caminho. E agradeço muito por tudo o que já tenho! 

E viva a VIDA! 


Quarteto Fantástico! 

domingo, 16 de novembro de 2014

LEONARDO DA VINCI - Genial! A exposição e o homenageado!

O quarteto reunido! 
Essa semana inaugurou em São Paulo a exposição "Leonardo da Vinci, a Natureza da Invenção", no Centro Cultural Fiesp. E, embora a mostra fique na cidade até maio de 2015, a curiosidade foi tanta, que lá fomos nós nesse domingo ver de pertinho o que nos esperava. E valeu a pena. A exposição está lindíssima, é interativa (um ponto positivo pra quem vai com crianças, como eu!) e, conhecer um pouco mais sobre esse gênio da história valeu muito a pena. Só pra se ter uma ideia de quão legal foi o passeio, a frase do Matheus, na saída da exposição resume essa sensação: "Nossa! Leonardo da Vinci era genial". E, Rafa, completou: "Mãe, vamos voltar outro dia?". Acho que pela avaliação infantil a uma mostra que não é destinada exclusivamente a esse público dá pra perceber o quão interessante ela é, não? 

Os meninos, em especial o Mat, de 8 anos, ficaram admirados em saber que Da Vinci tinha tantas aptidões. Mat, por exemplo, "o conhecia" pelo trabalho como pintor e o criador de Mona Lisa. E já o admirava por isso. Em outro post citei seu comentário sobre o "olhar misterioso" de Mona Lisa clique aqui pra ver/rever. Mas não sabia, por exemplo, que ele era considerado também matemático, engenheiro, inventor, cientista, arquiteto, poeta e até músico! 

Enfim, quem estiver por São Paulo e tiver a oportunidade de conferir pessoalmente, vale muto a pena. 






CRIANÇADA À TIRA COLO 

Mas, afinal, como é ir à uma exposição com duas crianças à tira colo? Eu respondo: tranquilo! Pelo menos a minha experiência pessoal com duas crianças - de 8 e 4 anos - é muito relax. 

Hoje, por exemplo, chegamos na Av. Paulista e tivemos que encarar uma fila considerável. A previsão inicial indicada por um segurança do prédio era de aproximadamente 2 horas. Confesso que não sei se ficamos mais ou menos tempo que isso. O tempo fluiu tão bem, que não ficamos presos ao relógio. 

E como foi passar esse tempo com eles? Eu digo: vez ou outra eu e o maridão nos revezávamos para dar uma voltinha com eles. Beber uma água, fazer um xixi, espiar alguma movimentação de pessoas, comer uma pipoquinha. Até que nosso lugar da fila parou bem na frente de uma dupla de artistas de rua. Pronto! Podíamos ficar ali por horas! Os "danados" eram tão bons, que vi Rafinha dançar ao som de sua música, vi Mat  batendo palmas e todos nós dando muita risada. 

Confesso sem nenhuma intenção de exagerar: não vimos o tempo passar. Não foi um sacrifício enfrentar a fila, não foi um passeio chato e entediante. Os meninos curtiram. Quando estavam cansados sentavam ali, na fila mesmo, mas curtiram muito todo o passeio, do início ao fim. 


Sabe o que acho? Que as vezes somos nós, adultos, que enxergamos problemas onde não tem. Claro que não ficaria com eles em uma fila de cinco horas, mas até aí, acho que nem eu mesma sozinha ficaria. Percebo que os meninos curtem esses passeios e conseguem aproveitar cada momento, cada novidade, que surge na sua frente. 

É o olhar da criança para o novo. Jeito de criança para encarar a vida.  Coisas de criança... e aprendemos muito com eles! 








Exposição "Leonardo da Vinci - A Natureza da Invenção" - Centro Cultural Fiesp - Galeria de Arte Sesi-SP - Av. Paulista, 1313. Informações: sesisp.org.br/cultura. Até 10 de maio de 2015.  

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

COMPORTAMENTO - A autonomia de nossos filhos depende de nós!

Essa semana circulou nas redes sociais um quadro, uma espécie de tabela cujo título já anunciava sua intenção: "Seu filho pode ajudar em casa!". Dividida em cinco colunas, separadas por faixas etárias, é possível saber o que uma criança consegue fazer e, dessa forma, contribuir nos afazeres domésticos do dia a dia. 

À princípio parece bobo, mas a quantidade de amigas, que compartilharam o tal link e até enviaram via mensagem privada, me chamou a atenção. Eu mesma fui uma delas. No primeiro momento corri para as colunas que indicavam as idades dos meus meninos. Vi, entre as indicações, o que eles já fazem em casa com naturalidade e o que eu ainda nem sonhei que eles pudessem fazer. E pensei: "Nossa, eles conseguem fazer isso?". E a ideia ficou martelando na minha cabeça. 

Arrumar a cama, por exemplo, é uma delas. Eu arrumo as camas dos dois todas as manhãs. E por que nunca pensei que o Matheus, de 8 anos, poderia arrumá-la? Porque simplesmente é mais fácil e rápido eu mesma tomar a frente da situação. E aí veio a constatação! Quantas coisas privamos nossos filhos no dia a dia só porque queremos nos livrar do trabalhão de ensinar, só por que não temos muitas vezes paciência para esperar, só porque estamos sempre (ou quase sempre) atrasados para algum compromisso, só porque é mais fácil a gente fazer. Comodismo? Pode ser que essa seja sim a melhor definição. Nem sempre, claro, mas muitas vezes. 

Lembro que com menos de 2 anos Rafa queria comer sozinho. Aos 3 queria se limpar no banheiro quando fazia número 2. Aos 4 pediu para comer de garfo e faca (sob nossa supervisão, é claro). E eu não queria. E por que? Porque achava que ele não tinha maturidade pra isso. Porque faria muita bagunça. Porque daria um trabalhão. Por sorte comentei isso com a professora dele e, por sorte, ela me deu uma sacudida. "Não negue ensinamentos à ele. Se ele pede é porque tem maturidade pra isso. Porque quer aprender. Fique junto. Ensine. Tenha paciência! Se ele não estiver maduro ainda, vai desistir nesse momento. Mas se pede já um bom sinal de que está preparado", ela disse um dia em uma conversa rápida na calçada do colégio. Bingo! PACIÊNCIA! Era isso. A chave de tudo. E confesso: com paciência ele aprendeu tudo isso. Aliás, não só ele... eu aprendi que com paciência tudo fica mais fácil. Pena que ela não está o tempo todo ao meu lado... a paciência! 

Com Matheus não foi diferente. Mais preguiçoso do que o irmão e com menos pressa, Mat também teve seus momentos de "chegou a hora". Quando decidiu que queria aprender a amarrar os cadarços do tênis foi como um furacão. Não contente com o jeito que estávamos ensinando pediu, sozinho, ajuda pra sua fono na época, que prontamente se dispôs a ajudá-lo. Pronto. Aprendeu. Assim foi também quando decidiu que queria tirar as rodinhas da bicicleta. "Pode tirar. Estou preparado", ele disse aos 6 anos. Confiamos nele e na sua segurança. E, depois de um ou outro desequilíbrio, lá estava ele pedalando pelo condomínio sem mais precisar das rodinhas auxiliares. Mas antes de concordarmos bateu sim uma preguicinha básica e veio sim aqueles pensamentos do tipo "Nossa, vamos ter que ficar pra lá e pra cá equilibrando ele na bike!"

O fato é que precisamos sim preparar nossos filhos para a independência. Homem e mulher que "se vira" desde cedo certamente sofrerá menos no futuro. Tirará de letra coisas simples do dia a dia. Certamente alguém dirá: "Mas tudo tem sua hora. Não precisa se apressar! Um dia eles aprendem!". Realmente, a ideia não é antecipar etapas, perder infância, nada disso. É preparar nossos filhos para o futuro, torná-los cidadãos educados e participativos. É ensiná-los a ter AUTONOMIA! Torná-los maduros, seguros e que não sejam dependentes de nada e de ninguém, mas sim parceiros. Além, é claro, de entender que ajudar, contribuir, dividir tarefas faz bem para todos. Lembro quando ensinei o Matheus, ainda pequeno, a dobrar seu pijama e a guardar na gaveta. Para ele, na época, parecia o fim do mundo. Hoje, faz isso com a mesma naturalidade com que escova os dentes e coloca seu aparelho ortodôntico antes de dormir. Simples assim. 

Abaixo o tal quadro que inspirou esse post: 



Fonte do quadro: Associação para a Igualdade e Direitos dos Filhos


terça-feira, 11 de novembro de 2014

COMPORTAMENTO - Não precisa muito pra brincadeira acontecer!

Faltando pouco mais de um mês pro Natal bateu um "momento reflexão" por aqui. Rafa ainda acredita em Papai Noel e provavelmente escreverá sua cartinha com o pedido de presente ao Bom Velhinho. Não sei ainda quais são suas intenções e o que ele está planejando. Até agora ele não comentou nada sobre o tal presente. Mas observando meus meninos brincando pela casa - e digo, eles brincam muuuuuuito quando estão em casa -, não é difícil perceber que criança não precisa de muito para ser feliz. Os dois tem sim vários brinquedos legais e bacanas que ganharam dos parentes e amigos. E brincam, claro, com tudo isso. Mas posso arriscar que alguns verdadeiros "cacarecos" tem feito a alegria deles por aqui ultimamente. E resolvi relacioná-los aqui para mostrar como é possível entreter a molecada com tão pouco (ou quase nada!). Quer ver? Confira: 

Rafa e a caixa de papelão, que
virou um carro da policia!

SUCATA - Rafa especialmente adora um lixo! Garrafa de plástico vazia, caixa de papelão, caixa de ovos, caixa de pasta de dente, caixa de pizza. Ele não pode encontrar uma embalagem vazia que já vai logo transformando ela em brinquedo. Tampa de caixa de pizza, por exemplo, ele adora pintar. E, depois de pintada, vira volante para carro. Vira um frisbee pra jogar no ar. Vira uma "obra de arte", ele garante. Outras vezes os dois desmontam uma caixa de papelão que serviu para trazer as compras do supermercado para casa e "criam" seus skates (sem rodinhas!) para deslizar pelo corredor do apartamento. E se divertem. E dão risadas. E são criativos à beça! 









Minha sala virou uma banca de revistas!
DINHEIRINHO - Cédulas de dinheirinho de papel e até cartões de bancos que perderam a validade ficam numa maleta super especial para eles. Quando a vontade é brincar de lojinha ou supermercado, lá estão eles com as carteiras cheias de dim dim para mais uma aventura. Eles adoram, por exemplo, brincar de banca de jornal. Colocam todas as revistas da casa espalhadas no sofá e rack e se revezam no papel de jornaleiro e cliente. A brincadeira rende até uma noçãozinha de matemática, já que calculam o troco (mais o Matheus, claro!) e quanto devem pagar. Mais uma brincadeira que dá asas à imaginação e ponto pra criatividade. 


CARRINHOS DE FERRO - Os famosos Hot Wheels continuam firmes e fortes por aqui. Já foram os brinquedos favoritos do Matheus, já perderam posto, mas nunca foram totalmente abandonados. Os dois, Mat e Rafa, brincam ainda muito com esses carrinhos de ferro. E nem sempre precisa montar pista pra brincadeira acontecer. Um tapete no chão vira pista e a aventura já começa. Simples, rápido, prático e divertido. 


Rafa e o amigo Edu - momento pintura

LÁPIS DE COR, giz de cera, tinta e papel nunca saem de moda entre a molecada. Desenhar não é a paixão do Matheus, mas vez ou outra Rafa está tão envolvido com lápis e papel, que desperta até uma vontadezinha do irmão em participar. E junto com cada desenho rende uma história cheia de criatividade e altas aventuras. 






QUADRO BRANCO ou lousinha de giz - Nele os meninos desenham, brincam de jogo da velha, jogam forca, fazem continhas, escrevem palavras e frases. Sempre que o quadro está à vista lá estão eles "gastando" canetinha e exercitando a coordenação motora. 


Pezinhos loucos pela pelota! 
BOLA - Tenho dois meninos apaixonados por futebol. Então bola é quase que um item "de primeira necessidade" dentro de casa. São várias! Com cores, estilos e desenhos diferentes. Mas, como nem sempre dá pra descer até a quadra pra jogar eles improvisaram uma para jogar no meio da sala também. Sim, aqui tem uma versão de pano/pelúcia, levinha, fofa, que é permitida para jogar no corredor. E eles jogam. E fazem gol. E comemoram... felizes da vida. 




Acampamento na sala! 

ACAMPAMENTO NA SALA - Essa eles adoram e se pudessem queria todos os dias! Momento pura farra da família toda, de ficar juntinho, de trocar ideias, de fazer folia e muita bagunça. E eles gostam tanto que super ajudam na hora de carregar colchão, lençóis, travesseiros e todos os apetrechos para que o acampamento aconteça. 





JOGOS - Quebra-cabeça, jogo da velha, jogo da memória, xadrez, ludo, dama, trilha. Jogos tradicionais, antigos, muitos deles baratinhos e que nunca saem de moda. E o mais legal é que vira diversão pra família toda. É um momento família reunida. E quantas coisas importantes acontecem exatamente nesses momentos de descontração. 


E aí? Seus filhos também se divertem com brinquedos e brincadeiras simples? Conte pra gente! 



domingo, 9 de novembro de 2014

PASSEIO - Viagem pelo mundo com a Turma da Mônica

A Turma da Mônica - viagem ao mundo com muita
imaginação!



Hoje foi dia de teatro com a TURMA DA MÔNICA por aqui. Assistimos ao espetáculo musical Mônica Mundi - uma volta ao mundo com a Turma da Mônica, em cartaz até o próximo domingo, 16 de novembro, no Teatro NET SP. 

O espetáculo musical convida a todos para uma colorida volta ao mundo com a Turma da Mônica, sem precisar de passaporte. Tradições como Portugal, Itália, Japão, França, Estados Unidos, África, Arábia, Grécia e Brasil se tornam pura diversão nesta linda viagem educativa e cultural. 



Nossas impressões

O espetáculo é encantador e consegue prender a atenção da molecada. Durante a peça era possível notar olhinhos vidrados para o palco. A paixão dos pequenos (e dos grandinhos também!) pela turma mais querida do Brasil é visível. Mônica e sua turma arrasam no palco. Como é um musical a maior parte do espetáculo é de música e dança, o que o torna bem animado. As mudanças de cenário e figurinos também chamam a atenção. Espetáculo muito bem produzido. O teatro, que fica dentro de um shopping, é novinho e bem espaçoso. Ponto positivo também. 

O trio: Rafa, Edu e Mat "embarcaram" no espetáculo
Fomos em cinco pessoas para o espetáculo. Além dos meus meninos - Rafa, 4, e Mat, 8, levamos também um amiguinho do Rafa, o Edu, de 4 anos. Todos curtiram a peça e, mesmo tendo que esperar os 15 minutinhos de intervalo para a segunda parte, ficaram numa boa. Na saída, os comentários sobre os personagens, as roupas, os países. Matheus, por ser maior, entendia mais as piadas, as tiradas e também as informações sobre cada país. Mas Rafa e Edu, embora mais novinhos, curtiram as danças, as falas e, principalmente, quando os personagens passaram bem pertinho de nós no início do segundo ato. 

Valeu o passeio. Quem ainda quiser assistir precisa correr. O próximo final de semana será o último do espetáculo aqui em São Paulo. No domingo, 16, Mônica e sua turma encerram essa curta temporada pela capital. 



Mônica na entrada do Shopping
Vila Olímpia






sexta-feira, 7 de novembro de 2014

FEIRA LIVRE - Rafa é apaixonado por uma feira livre

Rafa "pimentando" abacaxi!
Amo Feira Livre. Aquela mistura de cores e aromas é fascinante. A gritaria dos feirantes com a pechincha dos clientes torna o passeio até divertido. Se for na hora da xepa então, melhor ainda! Simplesmente adoro essa baderna. É uma bagunça organizada. É uma desordem ordenada! Feira é livre como o próprio nome diz. Feira me lembra também infância. Todo domingo de manhã era sagrado. Meu pai pegava sua sacola (ele detestava a ideia de ter um carrinho) e eu, com a pior das más intenções fazia questão de acompanhá-lo. Sim, má intenção porque naquela época meu único e sonhado objetivo era comer um pastel no final das compras! E ele sabia que a companhia não era gratuita. E por isso fazia questão de judiar e me fazer carregar uma boa parte de tudo. Mas o "sacrifício" valia a pena no final. 
Rafa "pimentando" mexerica

E como sempre (ou quase sempre) o filho é nosso espelho, o "louco" por feira daqui é o Rafa. Falou em feira lá está ele, todo serelepe pronto pro passeio. Mas Rafa não pensa só no pastel, como a mãe pensava. Rafa pensa na feira inteira! É o mascote dos feirantes! As barracas de verduras passam batidas aos seus olhos. Mas a hora que chegam as frutas... ai ai ai... o meu comilão entra em ação. "Vai um abacaxi hoje, dona? Está docinho!", pergunta o feirante. Mais do que depressa Rafa diz sem nenhum pudor: "Eu quero pimentá?". E lá vai ele experimentar um pedaço da fruta. E, até o final da barraca ele "pimenta" ameixa, laranja, mexerica, pêssego e tudo o que for oferecido à ele. E pede pra levar pra casa pra continuar "pimentando" depois. E com isso ganhou o carinho dos feirantes, que sabem que têm ali um bom comprador. 



Durante as compras, que parecem passeio, Rafa pergunta sobre as frutas, quais seus nomes, como devemos comê-las (com ou sem casca), se dá pra fazer suco ou se é melhor para comer. Sempre que encontra alguma frutinha nova, que nunca viu, pede se pode "conhecer o seu gosto". E sempre lasca um "É saudável, mãe?". Sim, Rafa, frutas são saudáveis! E passa na barraca de banana. E passa na barraca de legumes. Mas aí chega a barraca do pastel. "Mãe, deu vontade! É saudável?", ele pergunta com a maior cara de pau do mundo. "Não, Rafa, não é saudável. É fritura!", eu digo. "Ah, mãe, mas é gostoso, né? Posso comer? O Mat também quer!", diz o meu caçulinha mais sem vergonha do mundo e ainda inclui o irmão no pedido! Esse é meu Rafa! 


Mat e Rafa ajudando a
carregar as compras








E, já que o final de semana está chegando, que tal ir pra feira?  





quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Matheuszices - E ele sabe mais do Afeganistão do que eu imaginava!

Essa vale o registro... Agora pouco, enquanto brincávamos de forca no quadro branco, Mat tinha que adivinhar qual era o país que eu tinha pensado. Foi falando as letras e, quando chegou nesse momento da foto aí abaixo, disse assim: 


"Eu sei, eu sei... como é mesmo o nome desse país... é o país dos homens-bomba... peraí, tá na ponta da língua... Aiiii é aquele que a capital é Cabul... Mãeeeee, como é? É... é... Abestão? Nãoooo... eu conheço, eu conheço, peraí...!"


Conclusão: Sabe mais do Afeganistão do que eu imaginava. Ponto pra Geografia! Mas o mérito é dele mesmo, que depois que descobriu o Atlas Geográfico, vive devorando ele por aqui. 

Parabéns filhão! 



quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Quadro branco - Vamos brincar de escolinha?




A dica pode até parecer bobinha, mas acredite, não é não. Esse quadro branco está aqui em casa há algum tempo. E, de tempos em tempos, a sua função vai mudando. Ele "chegou" por aqui a pedido da psicóloga do Matheus na época, que sugeriu um exercício em casa e que era preciso o auxílio de um quadro desses. Aos poucos, os meninos foram apreciando a tal lousinha. Mat sempre gostou de fazer continhas de matemática. Para ele e para nós! Rafa, no início do ano, quando começou a aprender as letras do alfabeto, adorava arriscar umas letras e mostrar o que tinha aprendido em sala de aula. Quando conseguiu, pela primeira vez, escrever o próprio nome ficou todo orgulhoso e deixou registrado no quadro branco também. 


E quem nunca gostou de brincar de professor e aluno em casa quando era criança? A diferença é que aqui o giz deu lugar à caneta e o motivo é bem simples: filhos alérgicos precisam ficar bem longe do temível pó de giz! 

Dia desses os meninos resolveram pegar o quadro, que estava meio esquecido no canto do quarto. E cada um com seu motivo e sua brincadeira favorita. Mat está na fase de jogar forca. Adora! E é nessa hora que a brincadeira vira aprendizado. Ele gosta de definir temas. Ora quer fazer um "campeonato" de forca com nome de países. Ora com frases avulsas. E, sem que ele perceba, está aprendendo e descobrindo muitas coisas novas. Por causa dessas brincadeiras ele começou a pesquisar mais sobre novos países, que até então eram desconhecidos pra ele. E dá-lhe informação sobre geografia. "Nossa mãe, não conhecia a República Domenicana!", revelou hoje cedo. E dá-lhe mais noção de língua portuguesa. "Nossa, mãe. Estava na dúvida se Equador era com q ou com c", confessou. E, assim, vamos deixando nossas manhãs mais alegres e produtivas.

Mas tem também o Rafa, que não curte tanto brincar de forca, afinal ainda não está alfabetizado. E pensa que ele ficou de fora da farra? Claro que não. Rafa curte uma brincadeira que ele mesmo inventou em que nós vamos montando um desenho a duas mãos. Cada um faz um pedaço do desenho, da cena. Em geral, é uma casa e o que a imaginação deixar vai entrando no seu entorno. Rafa também tem descoberto muitas curiosidades. Dias desses, deu um suspiro, sorriu e disse: "Nossa, mãe, estamos tão criativos, né?".

É muita alegria e descontração. Só quem fica triste é a caneta. Que com tanto uso tem uma vida bem curtinha por aqui... acaba rapidinho!

A única atenção é com as crianças pequenas. Essas canetas mancham roupas e paredes. Então todo cuidado é pouco se não quiser ter uma casa, digamos, decorada por uma criança!

E, hoje pela manhã, o quadro deixou meu coração ainda mais feliz: olha só a frase que meu grandão deixou, de surpresa, pra mamis aqui! Amei!






segunda-feira, 3 de novembro de 2014

RÁ-TIM-BUM - O castelo mais famoso da TV está de portas abertas!

Mat, Rafa e o Porteiro: na entrada do Castelo! 
As filas são assustadoras e é preciso ter uma dose extra de coragem e vontade para enfrentá-las. Mas vencida essa primeira etapa você entenderá porque a exposição Castelo Rá-Tim-Bum é um sucesso de público e, mesmo depois de quase quatro meses em cartaz, continua atraindo tantas pessoas. A mostra é baseada no programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum transmitido pela TV Cultura entre 1994 e 1997 que foi o maior sucesso veiculado por uma emissora pública brasileira. A unanimidade da crítica, a conquista de diversos prêmios nacionais e internacionais, e, principalmente, o imediato sucesso de público atestaram que nascia ali um marco na história da produção audiovisual brasileira, que ia além do público infanto-juvenil, e ganharia admiradores de ao menos três gerações. 

Família reunida na biblioteca: Olha o Gato
Pintado na poltrona!
Rafa na sala de música: piano funciona com o pedal!
Logo na entrada o famoso Porteiro, que vive ao lado do portão do Castelo, dá as boas vindas. E é ali, que muitos adultos já voltam a ser criança. É impressionante como as crianças dos anos 90 (e até quem já era bem grandinho naquela época) se entrega aos personagens e à magia do castelo. Portão aberto é hora de mergulhar na imaginação. A exposição é dividida em várias salas, cada uma retratando um ambiente do castelo, divididas em dois pavimentos. É como se você realmente estivesse dentro do castelo mais famoso do universo infantil. As salas foram minuciosamente pensada e retratada. Muitas peças originais do programa estão lá. A biblioteca e o seu bibliotecário, o Gato Pintado. O laboratório de Tíbio e Perônio. A oficina do Dr. Victor, o dono do castelo e tio de Nino. A sala de música e até o encanamento onde vive o monstro Mau e Godofredo. Mais adiante você entra na cozinha, sala e até no quarto de Nino. É bem ali, na sala, que vive o Ratinho com seu Ratomóvel! Nessa parte o Rafa e o Matheus não queriam ir embora. O ratinho mais famoso dos anos 90 não saiu de moda e continua agradando a molecada até hoje. 

As crianças de hoje e a "criança" dos anos 90: Mat, Rafa e
Giovanna curtiram demais a exposição toda!
Subindo as longas escadarias que levam até o piso superior, é possível conhecer o quarto da Morgana, o Ninho e, claro, o Lustre do Castelo, onde vivem as irmãs Lana e Lara, duas fadinhas, que adoram brincar de adivinhação. 

A exposição é realmente encantadora. E o mais bacana é ver que meus meninos, que não foram telespectadores do Rá-Tim-Bum, afinal nasceram muitos anos depois do término do programa, curtiram demais. Um pouco antes de irmos para a mostra busquei na internet alguns episódios para que eles se familiarizassem com os personagens. Qual não foi minha surpresa quando peguei os dois assistindo a um programa inteiro de cerca de 25 minutos. Isso mesmo, Castelo Rá-Tim-Bum é um programa atemporal, que não sai de moda, que continua agradando crianças de hoje e crianças do passado... 
O famoso Ratinho e seu Ratomóvel: Rafa adorou o
bichinho que fala da importância do banho! 

Minha dica é: não deixe que a fila lá fora te desanime. Vale muito a pena. A exposição está magnifica. E olha que não fui "geração Castelo Rá-Tim-Bum". Quando essa turminha invadiu a tela da TV eu já era bem grandinha, mas assistia vez ou outra com minhas sobrinhas. Valeu a pena enfrentar a fila. O que está escondido dentro daquele castelo é de encher os olhos de alegria e o coração de amor! 



Para entrar no quarto do Nino: parede se movimenta!
Imagina se a molecada gostou? 

Dica: Quem tem filhos pequenos podem deixá-los em casa e, apenas uma pessoa, comprar os ingressos da família. Cada pessoa pode comprar até 4 ingressos. Como é possível agendar o horário da visita para o mesmo dia, você pode poupar a molecada das filas e, voltar mais tarde só para curtir o passeio. Mas vá cedo comprar os ingressos, pois eles esgotam rapidinho. Cheguei lá neste domingo por volta das 8h30 e agendamos a visita para 17h. 





Matheus e Celeste: a cobra que
vive na árvore do Castelo! 




Serviço: MIS - Museu da Imagem e do Som - Castelo Rá-Tim-Bum - a exposição - Av. Europa, 158 - Jardim Europa. Telefone: 2117-4777. Prorrogada até 25 de janeiro de 2015. Ingressos na bilheteria: R$ 10,00 e R$ 5,00, meia entrada. Gratuito para menores de 5 anos.