sábado, 10 de janeiro de 2015

KIDZANIA - Fomos conhecer o novo parque de São Paulo.



Repórter e fotógrafo: tirando onda de
jornalistas, a profissão da mamãe! 
Visitamos o famoso parque que acaba de ser inaugurado em São Paulo (no mesmo local onde há alguns anos existia o Parque da Turma da Mônica, no Shopping Eldorado), o KidZania. A curiosidade em conhecer de pertinho o espaço era grande. Em parte, pelas opiniões controversas que envolvem o parque. Enquanto uns se dizem maravilhados com a experiência, outros criticam o fato de tudo ser patrocinado e assim as crianças ficarem expostas a todo marketing das grandes empresas ligadas ao parque. Então, fomos conferir pessoalmente! 

O primeiro KidZania foi inaugurado em Santa Fé, no México, em 1999. Na América do Sul, o primeiro parque do grupo surgiu em 2012, em Santiago, no Chile. A proposta do parque é o EDUTENIMENTO (educação com entretenimento) onde as crianças brincam de "ser adultos", ou seja, executam várias atividades profissionais como bombeiro, policial, jornalista e médico, por exemplo, sempre com uma boa dose de diversão. As atividades são totalmente "mão na massa" e acompanhadas sempre por monitores que orientam cada atividade. 
Policiais fazendo a ronda pela mini cidade! 


Logo na entrada do parque os visitantes fazem o check-in no balcão de uma companhia aérea. O parque é aberto para adultos e crianças de todas as idades, entretanto, a grande maioria das atividades é focada no público entre 4 e 14 anos. No nosso caso, ok, os meus filhos tem 4 e 8 anos então estavam super "entrosados" com as atividades propostas. Muitas delas eles conseguiram brincar juntos, mas em algumas era permitido apenas a partir dos 6 anos ou era necessário ser alfabetizado. Nessas situações, eles se separavam, o que foi administrado com tranquilidade pelos dois. Ainda na entrada todos recebem um relógio de identificação que guarda os dados cadastrais da criança e cada "pequeno cidadão" recebe um cheque no valor de 50 kidzoos, a moeda local, para utilizar durante a permanência no parque. Esse cheque deve ser "descontado" na agência bancária do parque e, com dinheiro (de mentirinha!) em mãos começa a brincadeira. 



Na prática o parque funciona como na vida real: a criança trabalha para "ganhar" kidzoos e gasta seu dinheiro com brincadeiras. Na teoria pode parecer um tanto pesado falar em criança trabalhando. Mas na prática tudo não passa de uma grande diversão. As atividades que mais chamaram a atenção dos meus filhos são justamente as que são consideradas "trabalho". E que trabalhos são esses? Vamos lá... Logo na entrada a mais concorrida era o Corpo de Bombeiros. Que menino nunca sonhou em ser bombeiro? Pois é, lá eles tem uma aula teórica curtinha, são "apresentados" aos equipamentos utilizados pelos profissionais "de verdade", passam por um breve treinamento físico (que eles se divertem muito!) e, por fim, recebem um chamado de emergência: um hotel na cidade está em chamas e precisa dos seus trabalhos. Pronto! A missão ganha um toque de adrenalina. Vestidos como tal, a molecada sobe no mini caminhão de bombeiros e segue rumo ao incêndio. A organização, o preparo dos monitores e o cenário são de encher os olhos. Até os adultos se encantam, confesso. Fogo (fictício, claro!) apagado, missão cumprida, os bombeiros retornam para o quartel. 



Hora de "trabalhar" na lanchonete e fazer o próprio
sanduíche! 
A delegacia de polícia também costuma agradar meninos e meninas. E o funcionamento é semelhante: uma breve aula teórica, orientações básicas, vestimentas adequadas e, pronto, vários policiais mirins saem em ronda pela cidade. Na hora do tal "incêndio fictício", acontece até um trabalho em equipe, policiais isolam a área para que os bombeiros consigam executar seu trabalho com perfeição. O sorriso estampado nos rostos das crianças mostra que a iniciativa é muito bacana e o quanto elas estão felizes com a brincadeira. 



Na mesma linha de "trabalho", há um hospital em que a "equipe médica"  presta socorro a uma pessoa que sofreu um acidente (de mentirinha, claro). É possível ainda trabalhar na empresa de entrega de mercadorias, no jornal impresso, na emissora de rádio, no laboratório e até em uma universidade. E no final de cada tarefa as crianças recebem o seu pagamento, em kidzoos. 



E onde gastar o tal "dinheiro" recebido? São várias opções também. É possível conhecer o
Bombeiro em ação! 
funcionamento de uma mini fábrica de sucos (e ganhar o seu próprio suco no final), se matricular em uma auto-escola (e receber uma carteirinha de habilitação!) e, no final, fazer um test drive em um carrinho elétrico. Na hora que a fome bater, a criança pode fazer o seu próprio sanduíche na hamburgueria ou ainda botar a mão na massa e se deliciar com uma pizza feita por suas próprias mãos. Tem ainda um campinho de futebol para quem não dispensa um "bate bola" nas horas vagas e uma barbearia para quem quer "ganhar" um trato especial no rosto. 



O "x" da questão é que grande parte dessas atrações são patrocinadas por empresas existentes no mercado e conhecidas por todos nós. Agora se essa exposição ao consumo é maléfica, sinceramente não sei, prefiro deixar para os "especialistas". Quando uma criança passeia pelo shopping com os pais (e algumas fazem isso com muita frequência) ela também está exposta à marcas por todos os lados. E ninguém deixa de ir ao shopping com o filho por isso... Além do mais vou falar da experiência que tive com meus filhos: em nenhum momento eles diziam "Vou no jornal x", ou "no banco y". Eles simplesmente queriam brincar de trabalhar no jornal ou ir ao banco trocar seu dinheiro. Sinceramente, pelo menos para os meus moleques, as marcas passaram quase que desapercebidas. Eles estavam focados em brincar e nem de longe o tal "trabalho" para eles foi visto como um fardo a ser carregado, muito pelo contrário. 


O KidZania tem também uma característica um pouco diferente dos outros parques existentes por aqui. O público é dividido em dois turnos: das 9h às 14h e das 15h às 20h. O horário restrito diante da grandeza de atrações do parque faz com que não seja possível participar de todas as atividades em uma única visita. Isso pode frustrar um pouco a criança. É preciso fazer escolhas. No meu caso, o Matheus, meu mais velho, saiu com vontade de ter brincado na universidade e no laboratório de uma bebida conhecida por conter lactobacilos vivos na sua composição, mas não foi possível porque o tempo chegou ao fim. E voltar ao KidZania também depende do bolso. Os ingressos variam de R$ 100, 00 a R$ 150,00 para crianças (dependendo do dia da semana) e de 50,00 a 70,00 para adultos. 

Depois da aula teórica é hora de "dirigir" o conversível!
O parque ainda não está 100% pronto e há algumas instalações a serem inauguradas, o que garantirá novidades por um bom tempo. Os pais também contam com uma sala exclusiva para eles com wi-fi e possibilidade de carregar os celulares. Crianças pequenas tem também um espaço exclusivo com atividades e brinquedos para sua faixa etária. Todas as atividades possuem logo na entrada orientações sobre o valor (em kidzoos) que é cobrado ou o quanto ela "receberá" pela participação e a orientação de faixa etária permitida. 

Saímos de lá com uma ótima impressão. Os meninos estavam cansados, mas muito felizes e já perguntando quando voltaríamos. Quando perguntei a cada um qual atividade gostaram mais, ficaram pensando, afinal há muitas atrações bacanas para eles. Mas em seguida, fizeram suas escolhas: Matheus curtiu "tirar onda" de radialista. "Mãe não tinha ideia de que era tão legal ser locutor de uma rádio!", disse. Rafa curtiu mesmo "tirar sua carteira de motorista" e "dirigir" o carrão conversível! "Dirigi muito bem, né mãe?!" Valeu muito o passeio. Diversão garantida! Parabéns, KidZania! 

Equipe médica pronta para prestar socorro!
Saindo da Ambulância! 





Serviço: KidZania - Av. Rebouças, 3970 // Pinheiros - Shopping Eldorado - Segundo Subsolo. informações: (11) 3995-4500. Site: www.kidzania.com.br

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