terça-feira, 28 de março de 2017

COMPORTAMENTO - Os maridos que eu espero para minhas NORAS

Está circulando nas redes sociais um texto bem humorado destacando os atributos e qualidades do ator Rodrigo Hilbert. Lá o autor brinca com o fato do Rodrigo ter inúmeras qualidades e habilidades, inclusive domésticas, além de ser boa pinta e ter uma esposa linda. Para quem não leu ainda, fica o link  AQUI

Enfim, brincadeiras a parte, lendo o texto e os comentários sobre ele parei para pensar o que quero para meus filhos e como espero que eles sejam quando adultos. Viajei nos meus pensamentos e fui levada mais adiante. Do futuro, nada sabemos. Não sei se eles dividirão o mesmo teto com uma companheira e constituirão família. Não sei se vão dividir apartamento com amigos. Se irão morar sozinhos ou se continuarão por muito tempo na casa dos pais. O fato é que independente do rumo que cada um tomar em suas vidas eles serão cidadãos independentes e, só por isso (ou por tudo isso) precisam aprender a se virar sozinhos. 

A salada de frutas do
domingo foi feita a
quatro mãos, pelos
irmãos
Matheus tem 10 anos. É o tipo mais tranquilão, que adora passar as primeiras horas da manhã de pijama, largado no sofá, quando pode. Ok, e quem não gosta? Matheus é criança e como toda criança ama brincar. E brinca muito nas suas horas de folga da escola. Mas meu pré-adolescente sabe também o quão importante é contribuir para as tarefas da casa. Há uns dois anos ele é responsável por arrumar a própria cama, guardar o pijama na gaveta e "virar gente", como costumamos brincar, pela manhã. Essa rotina já está incorporada à sua vida. De uns tempos pra cá ele também começou a recolher o lixo da casa e levar para a lixeira do condomínio. Não é uma regra ou uma tarefa exclusivamente dele, mas ele tem ajudado com muito empenho e responsabilidade. Porque ele já tem consciência, que contribuindo nessas pequenas tarefas vai diminuir os inúmeros afazeres domésticos do dia a dia. É aquela velha história, se todos ajudam sobra mais tempo para ficarmos juntos no final do dia. 

Rafael tem 6 anos. Ainda não sabe arrumar a própria cama com o mesmo capricho e detalhes que o irmão mais velho. Mas já está no caminho. Mas a "praia" do Rafa é ajudar na cozinha. Meu mini masterchef está assumindo o posto de "fazedor de sucos" das refeições. Falou em suco, Rafa está na área! E essa tarefa não foi imposta, partiu do próprio baixinho que adora botar a mão na massa. 

Pequenas tarefas como lavar saladas quando voltamos da feira, lavar frutas, preparar salada de frutas, alguma sobremesa mais simples e até receitas mais fáceis fazem parte da vida deles. Matheus não é tão próximo das panelas como o irmão, mas geralmente está disposto a aprender e, como é detalhista, em geral consegue realizar o que foi proposto com tranquilidade. 

Rafa montando a lasanha
Tanto Matheus, quanto Rafael sabem desde cedo que não existe divisão de trabalho por gênero dentro de casa. Lavar louça é obrigação de todo mundo, homens e mulheres, que querem viver num ambiente limpo e harmonioso. Deixar o guarda-roupa em ordem é dever de todo mundo, afinal, fica mais fácil de encontrar aquela roupa que queremos usar. Varrer o chão, estender a toalha de banho molhada, guardar o tênis na lavanderia, colocar e tirar a toalha da mesa são trabalhos em comum de quem vive debaixo do mesmo teto. Eles crescem vendo pai e mãe dividindo tarefas, compartilhando funções, aprendendo e ensinando, pois é assim que acreditamos que deve ser. E é assim que ficamos orgulhosos de saber que eles estão crescendo meninos dispostos, sem preconceito de fazer atividade A ou B, sem distinguir trabalho de "homem ou de mulher", sem machismo. 

Se terei nora, não sei... mas se tiver espero de verdade "entregar" para elas dois homens lindos por fora e por dentro. Companheiros de verdade, que não só botarão comida dentro de casa, mas que dividirão as tarefas do lar com igualdade e respeito. Sem preconceito. Sempre. 




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