quinta-feira, 25 de junho de 2015

Carta de uma mãe para um filho que está crescendo rápido demais!

Acabo de me dar conta que você fará 9 anos daqui menos de um mês. 

Posso saber quando o relógio começou a correr tão rápido assim? 

Ontem ainda eu desejava tanto ser mãe e tudo ainda era uma página em branco. 

Ontem ainda senti seus primeiros chutes na minha barriga e a certeza de que nosso amor era pra sempre. 

Como assim você já vai completar 9 anos? 
Quem foi que deixou você crescer rápido desse jeito? 

Outro dia ainda escutei uma frase que se encaixa perfeitamente no que estou sentindo agora: "Os dias muitas vezes são longos, mas como os anos passam rápido!".  

Te vi crescer diariamente. Vi cada brilho especial no seu olhar. Presenciei cada nova conquista em sua vida. Como foi difícil ir pra escola não? Como você chorou dizendo que não queria crescer naquele momento e queria ficar em casa com a mãe! Mas você foi. Foi valente, corajoso e lá aprendeu a se apaixonar por cada amigo, cada professora. E se fez apaixonar. Por que você, do seu jeitinho, é apaixonante, embora você ainda não tenha ideia disso! 

Quando foi que você cresceu tão rápido assim? 
Que aprendeu a correr atrás da bola pela quadra? Que escolheu o seu time do coração? 
Que ganhou essa carinha de menino grande? 

O tempo voou Matheus! Que saudade daquele gordão (sim, você era gordo!) que desde muito cedo já dizia que me amava. Que morria de vergonha de pessoas desconhecidas. Que dizia que seria piloto de formula 1. 

Nossa! O tempo é cruel... mas que bom que a gente não dá bola pra ele. Que a gente sabe aproveitar cada minuto de nossas vidas. Que a gente pode olhar pra trás e enxergar tantas conquistas, tantos obstáculos superados, tantas vitórias e tanta VIDA vivida! 

Pisquei e você está prestes a fazer 9 anos! E como é gostoso ver o menino grande que você se tornou. Que não perdeu a sua essência com os passar dos anos. Que sabe falar de amor, que sabe dar carinho, que sabe tão bem o significado das palavra respeito, gratidão, família, amizade. 

Muito antes de você chegar já tínhamos escolhido o seu nome. Matheus significa "Presente de Deus". Sabíamos que você seria o nosso presente. Só não tínhamos ideia do quão valioso seria esse presente. 

Cara se eu pudesse parava o tempo agora! E curtiria lentamente essa fase deliciosa que você está. Que gostoso estudar com você para as provas da escola (juro, reclamo, mas gosto!) e mais ainda ouvir de você o quanto você já aprendeu na vida. Lá atrás eu imaginava que te ensinaria muito, só não tinha ideia do quanto aprenderia com você. 

Você não faz ideia como é gostoso enxergar a vida sob o seu olhar. Dia desses lá na casa dos seus tios você me chamou de lado para mostrar o quanto o céu estava bonito e estrelado. No meio de tantas pessoas, conversando aqui e acolá, eu nem tinha me dado conta disso. Mas você, criaturinha tão sensível e especial que é, não deixou de admirar esse espetáculo da Natureza. E o melhor, lembrou de compartilhar comigo. 

Você é a melhor parte de mim. É o meu "eu" mais sensível .É o meu "viver nas nuvens". E ao mesmo tempo é o meu chão. É meu freio nas horas que exagero e corro além da conta. "Mãe, senta aqui do meu lado pra ver um filme". "Mãe já está tarde, para de trabalhar um pouco!". "Mãe para tudo e olha como a lua está linda lá fora!". 

É Matheus. Não foi por acaso nosso encontro. Estava escrito. Tinha que ser agora. Tinha que ser você... 

Só posso te dizer uma coisa... esses últimos 25 dias dos seus 8 anos serão lindos. Assim como os últimos 8 anos da minha vida foram especialmente coloridos... pintados à mão, por você! 

Te amo filho! Pequeno, grande, para sempre! Te amo! 














terça-feira, 23 de junho de 2015

ALFABETIZAÇÃO - E num passe de mágica, as letrinhas passam a ter sentido!

Lembro como se fosse hoje o dia em que estávamos parados no semáforo e, no banco de trás, Matheus começou a falar pausadamente: "ME-CÁ-NI-CA". Desse jeito mesmo, com acento agudo no "á", meu primogênito leu pela primeira vez espontaneamente uma palavra. A sensação foi deliciosa. Uma mistura de surpresa, alegria, conquista. Era um novo ciclo que começava ali na vidinha dele. Agora ele conseguia "enxergar", de fato, o significado das placas, outdoors e tudo o que queria e via pela frente. O mundo se abria para ele. Ele passava a ter acesso à informação e ganhava, embora ainda não tivesse noção disso, independência! A partir daquele momento ele não precisaria mais da mãe, do pai ou de qualquer adulto para ler uma palavra, uma frase, um texto inteiro. 

Rafa e a lição de casa
A alegria de presenciar esse momento é inexplicável. Lembro até hoje do dia em que eu, então com 7 anos, também dentro do carro, li pela primeira vez a palavra piano, enquanto meu pai passava na frente de uma antiga fábrica de pianos no bairro vizinho. E lembro também da festa que meu pai e minha mãe fizeram dentro daquela Brasilia bege quando a filha caçula leu sua primeira palavrinha. A história se repetiu (e coincidentemente também dentro de um carro!) tantos anos depois. E mesmo estando em papéis diferentes em cada uma das situações (primeiro, eu era a filha; agora a mãe) senti na pele a mesma empolgação sentida pelos meus pais muitos anos antes.

Quando se tem dois ou mais filhos um dos pensamentos que se vem a cabeça é que com o primeiro tudo é novidade, afinal, ele é o primeiro e vivenciará primeiro muitas coisas em sua vida. E isso é fato. E ponto. Mas como a vida surpreende e definitivamente não sabemos de nada do que está por vir, cada ser é único e com ele aprendemos e vivemos novas experiências. E com o Rafa, meu caçula, não poderia ser diferente. 

Rafa está na escola desde o ano passado. Foi com três para quatro anos. Para alguns, tarde para os padrões de hoje. Para mim, cedo para os padrões de antigamente. Rafa, diferente do irmão, não tem tanta pressa. Segue seu ritmo, sem muitas comparações, sem se importar muito com o ritmo de cada um. Fala pouco sobre a escola. Vez ou outra faz algum comentário sobre a aula ou alguma situação que aconteceu na sua tarde. E Rafa está sendo alfabetizado. Vez ou outra reconhece alguma sílaba em algum papel perdido pela casa. Outras vezes "desenha" algumas letras no quadro branco do seu quarto. Dia desses, pela primeira vez, conseguiu ler sozinho a palavra RUA em uma lição de casa. Ficou feliz. Ficamos felizes! Outro dia reconheceu numa revistinha de atividades a palavra PIPA. E, de novo, estampou um sorrisão no rosto como quem diz "Eu tô conseguindo!". E vibramos. E aplaudimos a sua conquista. Sem pressão. Sem pressa. Sem neura. 

Bilhetinho na agenda escrito pela professora
Ontem, Rafa chegou da escola e fez o que costuma fazer todos os dias... tirou o tênis, lavou as mãos, foi de encontro aos seus brinquedos. Não fez nenhum comentário especial. Vida normal. Vida que segue. Mais tarde, abri sua agenda e me deparo com um bilhetinho da professora. Rafa conseguiu ler a palavra FADA espontaneamente. Hoje cedo comentei sobre o bilhetinho e ele sorriu. "Tinha esquecido de te contar. Mas foi muito legal. Meus amigos bateram palmas pra mim. Fiquei feliz", contou. 

Rafa não é o primeiro e nem o último da sala a ler uma palavrinha. Muitas outras crianças certamente já juntaram as sílabas e conseguem ler espontaneamente. O tempo aqui não é o mais importante. A conquista é individual. A alegria também. Olhar um emaranhado de letras e conseguir decifrar o código é sem dúvidas fascinante. Assim como é fascinante apreciar o sorriso do Rafa quando ele consegue "desvendar" qual palavra está escrita por trás daquelas letras juntinhas. 

Rafa está crescendo! Com cinco anos eu e seu pai sequer íamos para a escola. Os tempos são outros. Que as FADAS, as PIPAS o levem sempre para o caminho do bem pelas RUAS da vida. Chegou a hora do Rafa! Podia ter sido antes. Podia ser depois. Não importa. O que importa é que ele está entendendo e compreendendo a essência disso tudo. Rafa está feliz. Acaba de subir mais um degrauzinho e escrever mais uma página dessa história que está só começando chamada VIDA. 

Parabéns, meu príncipe! Delícia poder acompanhar de camarote suas conquistas. 




Meu amorzinho! 


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Rafa e Mat - 2010 x 2015

2010 x 2015

Quem foi que acelerou o relógio e não me avisou? 

Os mesmos meninos, a mesma pose, a mesma fronha no travesseiro. 

Mas quanta diferença no tamanho! 

O tempo voa! 

E, a certeza, o amor só aumenta! 

"Os dias passam devagar, mas os anos voam!"

Bora curtir cada minutinho com os filhotes! 


Na primeira foto: Mat com 4 anos e Rafa com 6 meses
Na segunda foto: Mat com quase 9 e Rafa com 5 anos! 



segunda-feira, 1 de junho de 2015

MATEMÁTICA DO RAFA - Zero ou letra O?

Rafa, agora pouco, me dando uma aula de matemática: 

Rafa - "Mãe, sabia que a letra O parece com o número Zero?"

Eu - Sim

Rafa - "Então a gente pode começar a contar assim O (som da letra O), 1, 2, 4, 5..."