terça-feira, 31 de janeiro de 2017

MUDANÇA DE ESCOLA - O terrível PRIMEIRO DIA DE AULA

Segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Primeiro dia de aula em uma nova escola! 

A ansiedade começou na noite anterior (se fosse a mãe, quando criança, começaria um mês antes! Grau máximo de ansiedade, mas os filhos são mais "normais"). Matheus chegou a comentar que estava ansioso antes de dormir. Acordou falando que sonhou que tinha perdido a primeira aula, chegara atrasado bem no primeiro dia de aula. Ainda bem que foi só um sonho... Rafa, por sua vez, pediu papel e caneta logo cedo para escrever o alfabeto em letra cursiva. O moleque estava tão agitado que dizia ter esquecido quase todas as letras. Ação do nervosismo e ansiedade tomando conta do meu caçula. Mas passado esse turbilhão de agitação e ansiedade era hora de encarar o tão esperado PRIMEIRO DIA DE AULA. 

As novidades começaram já no caminho. Um amigo do Matheus, que já estuda nesse colégio desde o ano passado pediu para nos acompanhar no carro no primeiro dia. Ele queria "apresentar" aos meninos os "esquemas" da nova escola. Isso facilitou muito a vida dos meninos, pelo menos no quesito "Cai de paraquedas e não sei pra onde ir". Rafa colou nos dois porque não é bobo nem nada. 

A primeira grande diferença já começa na entrada. A escola conta com um serviço de drive, ou seja, a gente entra com o carro no colégio, as crianças desembarcam e o carro segue. Nada de beijinhos demorados e bate papo de mães na porta da escola. E, assim, eles seguiram e meu coração ficou apertadinho e louco de curiosidade para saber quais seriam suas primeiras impressões. 

Hora da saída, o mesmo esquema com o carro. Mas agora era chegada a hora de saber, afinal, como foi o tão esperado primeiro dia e quais as impressões que os meninos tiveram do novo colégio. Vamos lá: 


Gabriel, Matheus e Rafael rumo ao primeiro
 dia de aula na nova escola

Matheus - 5o ano 

Matheus, que era o mais apegado ao colégio antigo, afinal foi também quem ficou mais tempo por lá (7 anos seguidos) saiu sorridente da nova escola. Vale destacar que ele não estava sozinho nessa nova empreitada. Junto dele outros três amigos mudaram de escola juntos. Fora o Gabriel, que já tinha ido no ano anterior. Portanto, cinco crianças da sala já se conhecem de outros carnavais. Ponto positivo para a adaptação à nova rotina. 

A grande mudança logo de cara é o número de alunos. A sala maior que Matheus já frequentou teve 15 crianças. No ano passado, passou pela experiência de estudar na menor sala de sua vida: eram apenas 6 alunos! Praticamente aula particular! Esse ano encarou uma sala com 27 crianças! Isso mesmo! Bem vindo à vida escolar! Ficou impressionado com o tamanho da sala, com o número de fileiras de carteiras (são cinco). Curtiu a ideia de conviver com uma galera maior. Ponto positivo. 

Saiu empolgado dizendo que já fez alguns novos amigos. E quando me viu admirada com o fato, respondeu sem pestanejar "Mãe, todos jogam Clash Royale (um jogo de celular que eles amam!), por isso fica fácil puxar assunto". Ufa, finalmente esses jogos tiveram uma utilidade! 

A noite, meu celular foi adicionado a um grupo de whats app (Matheus ainda não tem celular, mas usa o da mãe para fazer contato com os amigos). Quando olho, era um grupo de Meninos e Meninas da nova sala. É... acho que ele está se enturmando mesmo à nova escola. Maravilha! 


Rafael - 2o ano 

Rafael está ingressando oficialmente no Ensino Fundamental. Meu pequeno que, em geral é mais tagarela e comunicativo em casa, é também mais tímido em novos ambientes e com pessoas que não conhece. Entre os dois, acho que foi ele quem mais sentiu frio na barriga nesse primeiro dia. A carinha dele a hora que desceu do carro mostrou isso. Olhinhos arregalados, semblante sério e todo compenetrado. Foi ele quem me deixou com o coração apertadinho quando segui meu caminho enquanto eles entraram na escola. 

Rafa também está mudando de colégio com duas crianças conhecidas, um menino e uma menina, que já estudavam em sua sala no colégio antigo. O que facilitou muito a sua vida, convenhamos. 

Na saída, enquanto o irmão estava falante contando detalhes do seu dia, falando dos novos amigos, da movimentação da sala e tal, Rafa estava mais calado. Depois contou que gostou da nova escola, mas que ainda não estava acostumado. Óbvio, tinha passado só o primeiro dia, afinal, né Rafa? 

Disse que não fez muitos amigos ainda (quanta pressa, Rafa!), mas que um garotinho bonzinho tomou lanche com ele e o Dudu, seu amigão que mudou de escola junto com ele. 

Comentou que achou a hora do lanche bem lotada, diferente da outra escola que tinha menos alunos e isso demonstrou uma certa sensação de vergonha diante de tantas crianças novas em sua vida. 

No final o saldo foi positivo. Os dois disseram ter gostado da nova escola, ainda estão reconhecendo os ambientes e aos poucos se familiarizando com a nova rotina. 

Que venha o segundo dia... Boa sorte meninos! 




segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

MUDANÇA DE ESCOLA - Quando a mudança é inevitável!

Quando Matheus foi pra escola pela primeira tinha apenas 2 anos de idade. Na época, as principais aflições era imaginar como nosso então bebê ficaria por algumas horas longe de nós. Como ele se relacionaria com outras crianças diariamente? Será que sentiria nossa falta? Será que seria prazeroso ou um sofrimento pro nosso baixinho? 

Os anos passaram, Matheus fez muitos amigos ao longo de sua vidinha escolar. A escola, que na época foi escolhida pensando apenas naquele período de educação infantil, nos cativou tanto, que ele permaneceu nos primeiros anos do ensino fundamental. Uns anos depois, chegou a vez do Rafa, nosso caçula, também ir para a escola. E, assim, nos últimos sete anos percorremos esse trajeto casa-escola-trabalho diariamente. 

Lá, nesse colégio, eles vivenciaram de tudo. Foram super-heróis nos carnavais. Desbravadores da natureza no pequeno jardim que circulavam diariamente. Conheceram e conviveram com vários professores e profissionais, que ganharam seus respeito e admiração. Conheciam cada cantinho do colégio, que literalmente se transformou em suas segundas casas. 

Foi exatamente ali dentro daqueles muros, que Matheus levou um baita susto quando bateu a nuca durante uma partida de futebol e precisou ser socorrido imediatamente. Foi ali também que ele gostou da primeira menina da sua vida. Ali ele ganhou amigos, que certamente levará por toda a sua vida. Foi naquele espaço que ele aprendeu, desde cedo, que é inevitável aprender a lidar com a saudade. Viu ao longo desses anos grandes amigos partirem para outras escolas. E sofreu... E sentiu saudade... E chorou. Mas foi também com essas experiências, que ele aprendeu que é possível matar essa saudade e tentar superar essa distância do dia a dia nos encontros e festinhas esporádicas por ai. E com isso, Matheus amadureceu e cresceu. 

Matheus sempre foi muito feliz na antiga escola. Costumávamos brincar que ele era apegado até aos tijolinhos da parede. A ideia de mudar de escola não foi aceita logo de imediato. Mas, mesmo sem a gente querer, a vida fez o seu trabalho e nos mostrou que esse seria o seu destino. 

Enfim, 2017 chegou e agora é a hora do novo. Hoje, foi o primeiro dia de aula no novo colégio. Ontem a noite, ele me chamou de lado e disse "Mãe, acho que agora bateu uma ansiedade!". Conversamos e, naquele instante, percebi o quanto meu menino cresceu. E hoje ele e o irmão foram enfrentar o novo. Era um misto de ansiedade, medo, curiosidade. Alegria e apreensão. 

Essa semana vamos fazer uma espécie de DIÁRIO das impressões deles com o novo colégio. Os pontos de vistas de cada um, os comentários, as curiosidades. E também as aflições e expectativas de cada um.

O meu maior desejo é de que no final o saldo seja positivo e de muito aprendizado para a vida dos meus meninos! 

A seguir cenas dos próximos capítulos... por que agora, bora pra escola que o sinal já vai bater!