Dia desses estávamos voltando de uma festa e engatamos numa conversa bacana com a criançada. Aliás, um parênteses nesse momento: Eu adoooooooooro passear com os meninos e seus amigos no carro, porque enquanto eu dirijo escuto pérolas pra lá de engraçadas vindas do banco de trás. Bom, voltando ao assunto, nesse dia no banco de trás estavam Mat, Rafa e a Bia, uma amiga do Matheus que tinha ido com a gente na tal festa. Conversa vai, conversa vem, surgiu a ideia de combinarmos uma sessão cineminha em casa, para os amigos "mais chegados". Nesse instante em não fazia ideia (pelo menos não parei pra pensar) de quem seriam (ou quantos seriam!) os "mais chegados".
Como diz meu marido e minha mãe (as pessoas que mais me conhecem nessa vida!), eu adoro "arrumar trabalho". Essa conversa poderia facilmente ser esquecida e deixada de lado. Eu poderia rezar para que o Matheus se entretece com outros afazeres e não tocasse mais no assunto. Mas, eu adorei a ideia e tratei logo de botar em prática. Primeiro passo, consultar as outras mães e saber se elas confiavam seus filhotes a mim por algumas horas! Ainda bem que eu não sou a única doida nesse mundo (com todo respeito!) e, elas, toparam de imediato!
Data e horário definidos, filme acertado, começam os convites. Um, dois, três... chegamos em 11 nomes! Fora os meus dois filhos! Total: 13! Só para ter uma ideia o sofá da minha casa é de 4 lugares, pensando que são crianças caberiam umas 6 ou... 7 apertadinhas!. E as outras? Bem, preferimos não pensar e decidir na hora, que certamente daria certo. E... deu!
A farra começou um dia antes. Compra pipoca, pensa nas bebidas, vamos ao supermercado. "Mãe, faz um bolo de chocolate! Meus amigos vão adorar", pedia o Matheus. "Mãe, coloca confete em cima desse bolo!", sugeria o Rafa. "Mãe, fulano gosta de suco de maçã, mas o outro gosta só de suco de uva", completava o Mat. Passamos o fim de semana falando de seus amigos. Ficamos mais próximos do que nunca. A ideia de receber uma galerinha em casa mexeu com ele. Percebia em seu olhar e atitudes a vontade de receber bem, de "cuidar" de quem estaria sob nossos cuidados, de fazer "a sala", como diria a minha vó. E vi o quanto esses amigos são especiais no coraçãozinho dele. A maioria está junto há seis anos! E pensar que seis anos atrás eles tinham 2 aninhos!
Copos "personalizados" na hora!!! |
No domingo pela manhã Matheus acordou agitado. Ele realmente incorporou a ideia de que receberia seus convidados. Eu era uma mera coadjuvante nessa história toda. Resolvi fazer uma brincadeira pra quebrar o gelo. Sugeri uma aposta entre nós quatro da casa sobre qual seria o primeiro amigo a chegar. Cada um lançou seu palpite. O mais engraçado é que minutos depois que eu arrisquei um nome a mãe do menino me manda mensagem dizendo que ele atrasaria. Todos caímos na risada e eles me pentelharam até, afinal eu me dei mal na escolha.
Chegada a hora do encontro descemos para buscar os primeiros amiguinhos. Na verdade, as primeiras. Três lindas meninas! Subimos. E como é curioso essa mistura de gênero, costumes e manias. Logo que entramos na sala uma delas pediu para conhecer a casa: "Matheus, você não vai nos mostrar a sua casa?". Todo atrapalhado lá vai ele "apresentar" o seu cafofo. Vários meninos já vieram aqui. E nunca nenhum quis conhecer a casa... pra eles chegar onde está o vídeo-game e os brinquedos já está de bom tamanho. Bem coisa de menina.
Foi uma tarde deliciosa. Jogamos STOP (sim, aquele jogo que eu adorava jogar quando tinha a idade deles...) espalhados pelo chão da sala. Assistimos ao filme (uma parte dele!), descemos pra quadra e rolou uma partidinha de futebol. Uma não, várias. Ora era meninas contra meninos. Ora os times se misturavam. Subimos, tomamos lanche, mais brincadeiras e tudo regado a muitas gargalhadas, piadinhas, histórias engraçadas.
Na hora de ir embora, eis que surge o termômetro se nossa tarde foi um sucesso ou um fiasco. E... ninguém queria ir embora! Ficaram mais um pouco e se deixasse ficariam um pouco mais. Escutei das mães-amigas frases do tipo: "Você é corajosa por ficar com tantas crianças!"; "Parabéns, eu não teria coragem!". Mas coragem que nada. Para mim foi um presente. Uma tarde de risadas, conversa jogada fora, astral o mais alto possível. E, acredite, minha casa não virou uma bagunça! Crianças aos 8 anos não espalham mais brinquedos, mas brincam muito!!!! Comecei minha semana renovada. Uma energia que não tem preço. No fim das contas dos 13 vieram 10, três tiveram imprevistos que não puderam vir. Por algumas horas fui mãe de 10! E 10 vezes feliz!
Ah, esqueci de dizer que na sexta-feira passada, dois dias antes desse tal encontrão de amigos, foi a vez dos amiguinhos do Rafa nos visitar. Foram dois, um menino e uma menina, ambos de 5 anos. Afinal Rafa também queria receber os seus amigos em casa. Mas essa história ficará para outro post.
Obrigada crianças pela energia.
Obrigada mamães pela confiança.
Obrigada filhos por trazer esse clima gostoso pra dentro de casa.
Ah, e voltem sempre! A casa da "tia", como eles me chamam, estará sempre de portas abertas para vocês!
A tchurma reunida! |
Adriana, eles são simplesmente, MARAVILHOSOS.
ResponderExcluir